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EUA dizem à França que 'todos espionam'

Governo francês reage com indignação à notícia de que agência americana vigiou mais de 70 milhões de ligações

Embaixador dos EUA é chamado a se explicar; México também se queixa de espionagem a e-mails de presidente

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo da França reagiu com furor à revelação de que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) fez mais de 70 milhões de gravações de dados telefônicos de franceses no período entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013, segundo o jornal "Le Monde".

Em resposta, a porta-voz da NSA, Caitlin Hayden, alegou que "todas as nações realizam operações de espionagem": "Nós já deixamos claro que os EUA recolhem informações de inteligência no exterior do mesmo modo que todos os países recolhem".

É a resposta mais dura da Casa Branca a um aliado desde junho, quando a mídia começou a divulgar informações vazadas pelo ex-técnico da NSA Edward Snowden --a espionagem feita no Brasil, por exemplo, levou a presidente Dilma Rousseff a cancelar visita aos EUA (veja quadro).

A reportagem do "Monde", publicada ontem, cita dados divulgados por Snowden, asilado na Rússia desde agosto.

À noite, a Casa Branca divulgou que o presidente Barack Obama entrara em contato com seu colega francês, François Hollande, e prometera "rever" o modo como os EUA coletam informações.

O premiê francês, Jean-Marc Ayrault, se disse "profundamente escandalizado" com o novo caso: "É inacreditável que um país aliado espione tantas informações privadas sem nenhuma justificativa estratégica", declarou.

O chanceler do país, Laurent Fabius, anunciou a convocação "imediata" do embaixador americano para que dê explicações sobre o caso. "Entre sócios, essa prática é totalmente inaceitável. É preciso assegurar-se rapidamente de que não voltará a acontecer", disse o chanceler.

Segundo a França, a espionagem será discutida hoje em encontro entre Fabius e o secretário de Estado americano, John Kerry, antes de uma reunião sobre a situação na Síria.

Anteontem, a revista alemã "Der Spiegel" já havia revelado a interceptação de e-mails de Felipe Calderón, presidente do México de 2006 a 2012, pela agência americana. A Chancelaria mexicana chamou a prática de "inaceitável, ilegítima e contrária ao direito mexicano e internacional".

A porta-voz da NSA lembrou a menção ao assunto feita por Obama na Assembleia-Geral da ONU e disse ser necessário "um equilíbrio entre a legítima preocupação com a segurança de nossos concidadãos e aliados e as preocupações de todo o mundo sobre proteção da intimidade".


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