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Justiça muda a acusação para vandalismo
DE LONDRESA Justiça russa anunciou ontem que trocou de pirataria para vandalismo a acusação contra os ativistas do Greenpeace.
A decisão é um alento aos detidos, porque o primeiro crime pode dar até 15 anos de prisão, enquanto o segundo chega a sete.
"A atuação dos acusados no caso penal foi requalificada com base no artigo sobre vandalismo", disse Vladimir Markin, porta-voz do comitê de investigação da Rússia.
A acusação de pirataria vinha sendo contestada pelo grupo, sob a alegação de que em nenhum momento houve tentativa de se apropriar de bem alheio.
Trocar o foco da acusação poderá diminuir a pena em caso de condenação, mas não significa, porém, que eles serão soltos antes de 24 de novembro, quando expira o prazo da prisão preventiva estipulada pelas autoridades.
Por isso, o comando do Greenpeace disse ontem que mesmo a qualificação da conduta como "vandalismo" ainda é "extremamente desproporcional".
Em nota, um representante do Greenpeace russo, Vladimir Chuprov, declarou que a acusação de vandalismo "representa nada menos do que um ataque ao próprio princípio do protesto pacífico".