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Iraniano que sobreviveu à forca não será 'reexecutado', diz ministro

Homem foi encontrado com vida quando já estava no necrotério

SAEED KAMALI DEHGHAN DO "GUARDIAN"

O ministro da Justiça iraniano, Mostafa Pourmohammadi, afirmou que o prisioneiro que foi enforcado e depois encontrado com vida no necrotério não será enviado à forca pela segunda vez.

"O condenado que sobreviveu à sentença de morte não será reexecutado", disse.

O homem de 37 anos, identificado apenas como Alireza, foi enforcado neste mês em Bojnurd, na província de Khorasan, norte do Irã.

Ele havia sido detido três anos atrás pela posse de um quilo de cristais de metedrina e sentenciado à morte por contrabando de drogas.

No dia da execução, os médicos declararam o prisioneiro morto após ele ter passado 12 minutos pendurado pelo pescoço. Funcionários do necrotério só perceberam que ele havia sobrevivido quando viram que o plástico em que estava envolto ficou embaçado.

Alireza foi encaminhado ao hospital Imam Ali, em Bojnurd, e as informações sobre seu estado de saúde eram contraditórias.

Uma enfermeira informou ao jornal estatal "Jam-e-Jam" que suas condições eram satisfatórias e estavam melhorando a cada dia. Outros jornais iranianos, porém, reportaram que o paciente estava em coma e que tinha sofrido morte cerebral.

Tampouco está claro se Pourmohammadi persuadiu o Judiciário a abandonar os planos de "reexecutar" o prisioneiro ou se estava apenas expressando a opinião do governo sobre o caso.

O Judiciário é uma instituição independente no Irã, mas seu comando é composto por funcionários indicados pelo líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei. O destino de Alireza depende dos juízes.

Organizações de defesa dos direitos humanos apelaram ao Irã para que suspenda qualquer plano de executar o homem, afirmando que enforcá-lo duas vezes era "simplesmente repulsivo" e exibia "uma falta básica de humanidade, que infelizmente embasa boa parte do sistema de Justiça do Irã".

O caso serviu para expor o número alarmante de execuções no país, que nos últimos anos sempre esteve entre os cinco onde a prática é mais comum. O maior número de execuções do período aconteceu neste ano, com 125 mortes desde que Hasan Rowhani se tornou presidente, no começo de agosto.


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