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Órgãos de 'gênios' são alvo de busca após a morte

Cérebro de JFK sumiu em 1966; pênis de Napoleão foi comprado em leilão

Na Itália, dois dedos e um dente de Galileu Galilei, desaparecidos desde 1905, foram redescobertos em 2009

EMINE SANER DO "GUARDIAN"

Quem roubou o cérebro de JFK? O mistério data de 1966, quando se descobriu, três anos após o assassinato do presidente americano, que seu cérebro, extraído na autópsia e guardado nos Arquivos Nacionais, desaparecera.

Teóricos conspiratórios sugerem há anos que ele provaria que Kennedy não foi baleado por trás por Lee Harvey Oswald, mas pela frente.

A teoria mais recente propõe um acobertamento por razões menos explosivas.

James Swanson, autor de um livro sobre o assassinato do presidente, sugere que o órgão tenha sido levado por Robert Kennedy, o irmão mais jovem de John, "possivelmente para ocultar sinais da extensão real das doenças de que ele sofria ou então o número de medicamentos que ele tomava".

Kennedy é um entre vários famosos que tiveram partes dos corpos levadas, com finalidades positivas ou dúbias.

Não é de hoje que os cérebros exercem fascínio, especialmente para aqueles que são estudiosos dos segredos dos inteligentes, talentosos e poderosos.

Após a morte de Albert Einstein, em 1955, seu cérebro foi removido e estudado pelo patologista Thomas Harvey. Boa parte do órgão foi fatiada e dividida entre centenas de lâminas, muitas das quais se perderam.

O Instituto do Cérebro de Moscou estudou os cérebros de muitos cientistas e pensadores russos, dos quais o mais famoso foi Lênin.

FRENOLOGIA

A cabeça do compositor Joseph Haydn foi roubada do túmulo onde ele foi enterrado por dois homens ligados à frenologia, doutrina que diz ser possível obter conhecimentos sobre uma pessoa a partir do formato e tamanho de sua cabeça.

O crânio acabou na Sociedade de Amigos da Música, em Viena, mais de 80 anos após sua morte.

Quando Beethoven morreu, alguns anos após Haydn, com o interesse pela frenologia ainda em alta, temeu-se que acontecesse algo. Um coveiro contou que lhe ofereceram mil florins para que deixasse a cabeça em um local determinado. E o compositor não escapou ileso.

Na autópsia, um médico levou parte de suas orelhas, foram cortados cachos de seus cabelos e, quando seu corpo foi exumado, ainda no século 19, foram levados fragmentos de seu crânio.

Um crânio que seria de Mozart, embora exames tenham sido inconclusivos, está guardado na Fundação Internacional Mozarteum, em Salzburgo.

Mas seu esqueleto se perdeu, pois o túmulo onde estava o corpo foi reutilizado anos após sua morte, em 1791.

Os restos de Thomas Paine também foram perdidos. Em 1819, dez anos após a morte do panfletista em Nova York, o jornalista William Cobbett levou-os de volta para a Inglaterra para que ganhassem uma sepultura impressionante, mas isso não chegou a acontecer. E pessoas pelo mundo todo já alegaram possuir uma parte do corpo de Paine.

Em Londres, intestinos que seriam de Napoleão foram destruídos num bombardeio na Segunda Guerra.

Mas seu pênis estaria em poder da filha de John Lattimer, urologista de Nova Jersey que o comprou num leilão em 1977.

Lattimer foi o médico chamado pela família Kennedy para rever as evidências da autópsia de JFK.

REENCONTRADOS

Às vezes, restos mortais reaparecem após anos.

Dois dedos e um dente de Galileu foram redescobertos em 2009.

Removidos por admiradores do astrônomo 95 anos após sua morte, tinham sido vistos pela última vez em 1905, até ressurgirem e serem levados ao Museu de História da Ciência em Florença.

Hoje conhecido como Museu Galileu, o local já tinha em sua coleção outro dedo do astrônomo.


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