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Marrocos discute cooperação atlântica em evento mundial

Relativa estabilidade política e interesse do rei atraem conferências para o país africano

JULIANO MACHADO ENVIADO ESPECIAL A RABAT (MARROCOS)

A relativa estabilidade política em meio a vizinhos turbulentos e o interesse do rei Mohammed 6º de passar essa imagem para o exterior têm levado Marrocos a receber seminários internacionais de porte razoável para o tamanho desse país do Norte da África.

No último fim de semana, um hotel de luxo na capital, Rabat, foi sede da segunda edição da conferência "The Atlantic Dialogues" (Diálogos do Atlântico), que discute a importância das relações entre países banhados pelo oceano Atlântico.

Cerca de 300 autoridades e analistas de política externa vindos de 57 países estiveram presentes este ano --em 2012, participaram aproximadamente 200 convidados de 45 nações.

O evento nasceu de uma parceria entre o instituto americano GMF (German Marshall Fund) e a fundação criada pela OCP, a maior empresa de Marrocos, que tem o monopólio da exploração de fosfato no país e é responsável por cerca de um quarto das exportações.

Para o diretor de Política Externa e de Segurança do GMF, Ian Lesser, a ideia de se unir à OCP para criar os Diálogos do Atlântico se deveu à "posição estratégica de Marrocos na bacia do Atlântico e à oportunidade de o país se tornar um polo comercial nessa região".

Lesser tentou minimizar a influência de Mohammed 6º, mas em qualquer canto do hotel onde o evento ocorreu era possível se deparar com cartazes com a seguinte mensagem, em tradução livre: "Sob o alto patrocínio de Sua Majestade o Rei Mohammed 6º". No auditório principal, um quadro com a foto do monarca foi colocado na parede atrás dos palestrantes.

Além disso, a organização do seminário pôde dispor da infraestrutura real, como um clube náutico à beira do rio Bou Regreg, onde se serviu um almoço a convidados.

Oficialmente, Mohammed 6° não ocupa nenhum cargo de direção na OCP, mas a família real mantém a empresa sob seu domínio. O presidente, Mostafa Terrab, é um antigo conselheiro do rei. Ele fez o discurso de abertura do seminário. A assessoria de Terrab não atendeu aos pedidos de entrevista da reportagem.


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