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Snowden pede limite a monitoramento

Em carta aberta publicada em revista alemã, o ex-técnico da NSA pede 'solução global' que restrinja espionagem

'Der Spiegel' também traz pedido de mais de 50 figuras públicas alemãs para que o país dê asilo ao americano

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Edward Snowden, ex-técnico do serviço de inteligência dos EUA que revelou o esquema mundial de espionagem do país, defendeu em carta aberta uma "solução global" que limite legalmente programas de monitoramento a cidadãos e políticos.

Na carta, publicada ontem com exclusividade pela revista semanal alemã "Der Spiegel" sob o título "Um manifesto pela verdade", ele diz que a sociedade "não pode esquecer que a espionagem em massa é um problema global e requer uma solução global".

Segundo Snowden, interceptações de comunicações como as que revelou "não são só uma ameaça para a esfera privada", mas também para "a liberdade de expressão".

"Temos a obrigação moral de nos preocupar para que nossas leis e valores limitem os programas de espionagem e protejam os direitos humanos", afirma o ex-técnico da Agência de Segurança Nacional (NSA) americana.

Snowden, de quem os Estados Unidos retiraram o passaporte após as primeiras revelações e que vive agora com uma permissão temporária em Moscou, ataca "alguns governos" (menciona Washington e Londres) que, segundo ele, iniciaram "uma campanha de perseguição" e querem eliminar o debate público sobre a espionagem.

ASILO

A capa da semanal alemã estampa o rosto do informante e a manchete "Asilo a Snowden!", seguida da frase "Quem revela a verdade não comete nenhum delito". Este trecho encerra a carta publicada e já constava na mensagem enviada pelo americano ao governo alemão na última semana.

Além do manifesto de Snowden, a revista traz o pedido de mais de 50 figuras públicas alemãs para que o país conceda asilo ao americano.

O ex-secretário geral da União Democrata-Cristã (partido da chanceler Angela Merkel) Heiner Geissler afirma que "Snowden prestou um grande serviço ao mundo ocidental" e que cabe agora à Alemanha ajudá-lo.

Entre os nomes da lista estão o do ator Daniel Brühl e o do presidente da liga alemã de futebol, Reinhard Rauball.

Na semana passada, Alemanha e Brasil levaram a uma comissão das Nações Unidas um projeto conjunto de resolução contra práticas de espionagem.

Reportagens baseadas em documentos secretos vazados pelo ex-técnico da NSA apontaram que a chanceler Angela Merkel e a presidente Dilma Rousseff foram alvo das escutas telefônicas, entre vários outros líderes.


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