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Análise

Eleições em alguns Estados podem ter implicações nacionais

MARCOS AUGUSTO GONÇALVES DE NOVA YORK

Depois de uma madrugada gelada, a terça-feira amanheceu menos impiedosa em Nova York, com termômetros caminhando para a máxima de 13 graus no início da tarde. Um bom dia para votar.

Mas não a ponto de afastar as preocupações de Bill de Blasio, o candidato democrata à prefeitura, em relação ao comparecimento às urnas --abertas até as 21h de ontem (meia-noite de Brasília).

Favorito destacado, Blasio renovou apelos para que seus eleitores confirmassem a larga vantagem apontada pelas pesquisas sobre o republicano Joe Lhota --cerca de 40 pontos percentuais.

"No processo político", declarou, "quanto mais apoio você conseguir nas eleições, mais capacidade terá para atingir suas metas". Consultores estimavam que cerca de 1,2 milhão de pessoas votariam, num eleitorado oficial de 4,3 milhões.

Apesar das apreensões do democrata, analistas discutiam se ele conseguirá ou não a margem mais folgada da história --desde que Edward I. Koch venceu, em 1985, por uma diferença de 68 pontos percentuais.

O cenário morno de Nova York fez com que as atenções da mídia se concentrassem nas campanhas aos governos dos Estados de Nova Jersey e Virgínia, cujos resultados podem ter implicações importantes no plano federal.

No primeiro caso, tudo sugere que o republicano Chris Christie será reeleito, batendo a candidata democrata Barbara Cuomo.

A perspectiva do triunfo, que se estenderia ao Legislativo estadual, levou organizações extrapartidárias ligadas aos democratas a despejar um caminhão de dinheiro na campanha.

Foram US$ 24 milhões, segundo o "The New York Times", contra US$ 10 milhões dos apoiadores republicanos.

O motivo é que Christie, um gorducho atuante e simpático, é considerado potencial concorrente à Casa Branca, em 2016.

Sua agenda, embora defenda bandeiras tradicionais republicanas, é bem mais flexível e tem mais inclinações sociais do que a de seus correligionários da direita. É o caso de Ken Cuccinelli, candidato ao governo da Virgínia, ligado ao Tea Party --ala ultraconservadora do partido.

Cuccinelli disputa com o democrata Terry McAuliffe, que aparece com pequena dianteira nas sondagens --e recebeu, na reta final, um discurso de apoio do presidente Barack Obama.

Em resposta, o rival republicano reafirmou que as eleições na Virgínia devem ser encaradas pelos eleitores como "um referendo sobre o Obamacare".

Inimigo número 1 do Tea Party, o programa de saúde lançado pela administração federal enfrenta dificuldades para funcionar e é tratado pelos adversários como um fiasco político.


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