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Por crise, Maduro aperta controle de câmbio e de preços

Presidente venezuelano anuncia pacote e diz que valor de carros, roupas e brinquedos passarão a ser tabelados

Na TV, mandatário diz que importação será controlada por órgão central e que comprará caminhões do Brasil

DE SÃO PAULO

Pressionado por uma inflação anualizada de 50%, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, lançou ontem pacote econômico que prevê maior centralização da distribuição de dólares e ampliação do tabelamento de preços, que agora abarcará de carros a roupas.

As medidas, anunciadas em três horas de transmissão obrigatória de TV, visam aliviar a crise, provocada, segundo analistas econômicos, por problemas de caixa no governo e distorções do sistema de controle cambial -o dólar no mercado negro já vale oito vezes mais que o oficial.

Maduro disse que um dos objetivos do plano é "reajustar e reordenar todo o sistema de formação de preços de produtos [...] para uma nova ordem econômica interna de transição ao socialismo".

O tabelamento de preços que já existe para uma série de produtos básicos será ampliado, diz o governo.

A pouco mais de um mês das eleições municipais, Maduro disse que a ampla vigilância dos preços começará por uma lista que inclui "têxteis, calçados, eletrodomésticos, veículos, brinquedos".

Maduro prometeu punir sites como mercadolibre.com e tucarro.com como promotores de especulação.

"Dado que a política tende a permanecer altamente intervencionista, tanto em termos de preços como na alocação de dólar, é difícil ver as coisas melhorando", previu, em relatório, a consultoria de risco Eurasia Group.

CAMINHÕES DO BRASIL

O presidente anunciou a criação de um Centro Nacional de Comércio Exterior, que vai centralizar as importações estatais e privadas -o sistema atual é um motivo de reclamação de empresários, inclusive dos brasileiros que vendem à Venezuela.

Maduro disse que será criada uma empresa logística nacional e estatal para a qual serão importados "5.000 caminhões do Brasil e da China", sem detalhar quantas unidades virão de cada país.


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