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Obama tem queda de popularidade depois de vexames

Problemas no lançamento do plano de saúde e espionagem derrubam aprovação de 51% em maio para 41%

RAUL JUSTE LORES DE WASHINGTON

A capacidade gerencial do presidente Barack Obama está sob ataque na mídia americana, graças aos inúmeros problemas com o lançamento do plano de saúde universal. Novas pesquisas revelam que sua popularidade está despencando.

"Obama é sempre o último a saber?", perguntam-se apresentadores de programas de TV normalmente simpáticos ao presidente.

Fontes da Casa Branca vazaram que o presidente "não sabia" que o site de seu ambicioso programa universal de saúde não estava em condições de ser lançado no mês passado. Assim como ele também não sabia que a chanceler alemã Angela Merkel, tinha seu celular pessoal grampeado por seus serviços de espionagem.

Obama está em meio a um chamado "tour das desculpas". Ele já visitou cinco Estados desde o acidentado lançamento do portal do novo plano universal de saúde.

Repetidamente, se desculpa pela demora (de várias horas) que os usuários levam para conseguir se cadastrar, quando o sistema não cai.

Ele também tinha prometido que ninguém precisaria abandonar o seu plano, mas 5% dos usuários não terão a mesma cobertura sob as novas regras.

A rede CNN colocou usuários comuns em um estúdio ao vivo para checar quanto tempo eles levariam para comparar preços e planos existentes e fazer a inscrição.

Após três horas, só uma pessoa dizia que "estava quase lá". Outros continuavam apanhando do sistema.

Um novo best-seller, "Double Down", dos jornalistas Mark Halperin e John Heilemann, alimenta a percepção de que Obama mal sabe o que acontece com sua equipe.

Segundo o livro, o ex-presidente Bill Clinton costuma falar a amigos que "Obama fez certo toda a parte difícil de governar, mas não sabe fazer a parte fácil".

Enquanto concorda com as conquistas de Obama, como a reforma na saúde, a retirada das tropas do Afeganistão e a política de estímulo econômico, Clinton acha que Obama é insular, alienado, distante da cozinha política com aliados e opositores, e até mesmo da sua equipe.

Clinton, como diversos de seus antecessores, jogava golfe com deputados e ministros, convidava líderes oposicionistas para jantar, sabia distribuir agrados.

O distante Obama, que "prefere ficar lendo um livro sozinho em casa do que jantar com deputados", segundo uma de suas biografias, até brinca com a fama.

"Dizem que eu deveria convidar o presidente da Câmara para uns drinques. Por que vocês não vão tomar drinques com ele?", fez piada, no último jantar da Associação dos Correspondentes da Casa Branca. Pesquisa do instituto Pew mostra uma queda na aprovação de 51% em maio para 41% agora.


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