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Colômbia reconhece responsabilidade por massacre em 1985

Admissão ocorreu durante sessão da Corte Interamericana de DH realizada em Brasília

DE BRASÍLIA

O Estado da Colômbia reconheceu sua responsabilidade em um massacre em 1985, durante a retomada, pelo Exército, do Palácio da Justiça, ocupado pelo então grupo guerrilheiro M-19.

O reconhecimento foi feito em sessão da CIDH (Corte Interamericana de Direitos Humanos), iniciada ontem em Brasília para tratar do caso.

A retomada do Palácio terminou com mais de cem mortes, inclusive de magistrados da Suprema Corte da Colômbia, sediada no palácio.

A ação na CIDH trata do desaparecimento de 13 pessoas que, segundo os relatos na audiência, haviam sobrevivido à retomada, mas ficaram sob o controle de agentes de segurança da Colômbia e depois sumiram.

O caso é conhecido na Colômbia como "holocausto do Palácio da Justiça".

Essa ação de reconhecimento foi considerada positiva por integrantes da corte, mas ainda insuficiente para reparar as famílias das vítimas. Representantes das famílias também consideraram insuficiente.

"O Estado entende que o tempo passou e trouxe como consequência a perda da confiança nas instituições. Esperamos que esse ato de reconhecimento contribua para que as vítimas e seus familiares recuperem a confiança no Estado", afirmou a representante do governo colombiano, Adriana Guillén, diretora da Agência Nacional de Defesa Jurídica.

Guillén disse ainda, em relação às famílias das vítimas, que a Colômbia "lamenta profundamente a sua dor" e que o governo está "empenhado" no caso.

Um dos integrantes da corte, José de Jesús Orozco, comentou que o reconhecimento feito pelo governo da Colômbia considerou, em alguns casos, que a responsabilidade foi por omissão.


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