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Irã não cederá em 'direitos atômicos', diz líder supremo
Diálogo com Ocidente foi retomado ontem
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, reiterou ontem apoio às negociações nucleares, mas rejeitou a pressão das potências dizendo que Teerã jamais abrirá mão de direitos atômicos.
A advertência coincidiu com o início da terceira rodada de negociações sobre o tema, em Genebra.
"Não interferimos nas conversas. [Mas] há linhas vermelhas que precisam ser respeitadas", disse Khamenei, máxima autoridade na teocracia iraniana.
Khamenei não especificou o alerta, mas especula-se que ele tenha se referido ao programa de enriquecimento de urânio, que o Irã aceita diminuir, mas não interromper.
"Insistimos em que não recuaremos um palmo sequer dos nossos direitos", disse Khamenei que, embora seja detentor da palavra final no Irã, sofre pressão de facções ultraconservadoras contrárias a concessões nucleares.
Teerã nega querer a bomba atômica e diz que tratados internacionais lhe garantem o direito de gerar energia e tratamentos medicinais a partir do urânio enriquecido.
Apesar do otimismo britânico e russo sobre a terceira rodada de conversas, a retomada se deu sob incerteza.
Um diplomata americano disse que será "muito difícil" alcançar um acordo ainda nesta semana.