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Japão convoca embaixador chinês após disputa por ilhas
Tóquio contesta zona de defesa aérea criada pela China; Pequim revida gesto diplomático
O Japão convocou ontem o embaixador chinês em Tóquio, Cheng Yonghua, em protesto contra a criação de uma zona de identificação de defesa aérea no mar do Leste da China. Em resposta, os chineses chamaram o representante japonês em Pequim, Masato Kitera.
A partir de agora, todos as aeronaves estrangeiras que entrarem no que a China considera seu espaço aéreo devem se identificar, apresentar seu plano de voo e manter comunicação por rádio.
A medida faz parte do aumento dos gastos de defesa de Pequim na região, o que causa preocupação de Seul e Tóquio, principais aliados dos EUA na região.
A tensão se deve também ao fato de que a zona inclui uma série de territórios disputados com os vizinhos Taiwan, Japão e Coreia do Sul.
O premiê japonês, Shinzo Abe, disse estar "profundamente preocupado".
Em nota, a chancelaria japonesa disse que a zona de defesa chinesa não é válida porque abrange parte de seu território.
Para um porta-voz da diplomacia chinesa, a reação do Japão foi "exagerada e irracional".
Em setembro, um avião não tripulado (drone) da China fez um sobrevoo sobre as ilhas Senkaku (Diaoyu, para os chineses), uma das áreas em disputa.