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Cameron quer cortar benefício de imigrante

Premiê do Reino Unido pretende vetar ajuda do governo a recém-chegados e deportar quem for pego pedindo esmola

Medidas, que ainda dependem de legislação específica, atingem europeus que hoje têm trânsito livre na região

LEANDRO COLON DE LONDRES

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou que pretende cortar benefícios dos imigrantes de países europeus que hoje, por força da legislação da Comunidade Europeia, têm livre transito para entrar e sair do país. A medida deve aumentar ainda mais o desgaste entre o Reino Unido e os demais países do grupo.

Segundo Cameron, novos imigrantes não poderão reivindicar, nos primeiros três meses de Reino Unido, a ajuda do governo a quem está procurando emprego.

Depois desse prazo, o benefício será concedido por no máximo seis meses, a não ser que a pessoa comprove que está perto de conseguir um trabalho fixo. O auxílio-moradia também não será concedido imediatamente a quem chegar no país.

Além disso, o governo britânico poderá deportar o europeu que for pego pedindo esmola ou dormindo na rua --nesse caso, o imigrante ficará um ano sem poder retornar ao Reino Unido.

Parte dessas medidas, como a dos três meses sem auxílio, ainda necessita de legislação específica, segundo o governo. Outra parte, incluindo a deportação, valeria já a partir de janeiro.

CRÍTICAS

Críticos da política anti-imigração do governo britânico já reagiram. Alegam que os benefícios que os imigrantes, europeus e não europeus, levam à economia local são muito maiores do que os custos que geram para o Estado.

"Se o Reino Unido quer deixar o mercado único, deve dizer então. Se quer ser parte dele, deve aplicar o livre trânsito", declarou Viviane Reding, vice-presidente da União Europeia.

O governo admite que as medidas foram anunciadas agora porque, a partir de 1º de janeiro de 2014, cidadãos da Bulgária e da Romênia, países que aderiram à Comunidade Europeia em 2007, poderão entrar no Reino Unido com os mesmos direitos dos outros 25 países do grupo --são 28 no total.

"Nós estamos mudando as regras para que ninguém venha para este país esperando obter benefícios imediatamente", afirmou o primeiro-ministro, que promete um referendo até 2017 para os britânicos decidirem se querem continuar como membros da União Europeia.


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