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Análise

Forças chinesas podem ter dificuldade para vigiar um espaço aéreo tão grande

GREG TORODE ADAM ROSE DA REUTERS, EM HONG KONG E PEQUIM

As forças armadas chinesas podem ter dificuldade para atender à maior demanda por vigilância e interceptação se tentarem implementar uma nova zona de defesa aérea sobre o arquipélago que é objeto de uma disputa territorial com o Japão.

Para diplomatas e analistas militares, a realização de patrulhas extensas sobre a zona de identificação de defesa aérea, com área equivalente a dois terços da Grã-Bretanha, vai sobrecarregar a rede chinesa de radares.

Mas alguns observaram que mesmo ações limitadas podem soar o alarme numa região tensa --e favorecer o intuito da China de pressionar o Japão.

Um funcionário do governo japonês disse que as forças armadas da China, apesar de estarem em rápido crescimento, com seu orçamento aumentando em ritmo acelerado há vários anos, ainda não possuem os radares ou caças necessários para cobrir uma zona tão grande do espaço aéreo internacional.

Alguns especialistas dizem que a iniciativa teve por objetivo enfraquecer a reivindicação japonesa de controle administrativo sobre a área, incluindo o pequeno arquipélago desabitado conhecido no Japão como ilhas Senkaku, e na China como ilhas Diaoyu.

Japão e EUA possuem suas próprias zonas de defesa aérea, mas exigem das aeronaves que pretendam passar por seu espaço aéreo nacional apenas que registrem seus planos de voo e se identifiquem às autoridades aeronáuticas.

Embora a China tenha melhorado significativamente nos últimos dez anos a qualidade e o número de aeronaves de vigilância operadas por sua Marinha e Força Aérea, radares de defesa aérea costeira serão usados para a cobertura de rotina.

Aviões, quer sejam de vigilância ou caças-bombardeiros, serão empregados geralmente para tarefas mais específicas.

De fato, é provável que a atenção seja focada sobre aeroportos e estações costeiras de radar em volta de Xangai, localizada estrategicamente perto do topo da zona.

Análises acadêmicas e comerciais independentes da movimentação da aviação naval e da Força Aérea chinesa mostram uma concentração de aeronaves de vigilância, além de frotas crescentes de caças chineses J-10 e caças Su-30 adquiridos da Rússia.

Estimados 45 aviões de vigilância também estão ao alcance da zona, além de até 160 caças em torno de Xangai. Alguns destes últimos são aviões J-7 obsoletos, de produção local.

A maioria dos aviões de vigilância é formada por variações do aparelho de longo alcance e fabricação local Y-8, que é equipado para desempenhar tarefas distintas, como patrulhas, coleta eletrônica de informações e vigilância de navios e submarinos.

A atenção regional está voltada particularmente a quatro aparelhos maiores KJ-2000 Airborne Warning and Control System (sistema de aviso e controle aéreo), que são aviões russos Il-76 convertidos cuja base fica na província de Jiangsu, nas proximidades de Xangai. Os aviões têm alcance suficiente para chegar ao Japão ou Taiwan.


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