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UE acusa a Rússia de vetar acordo com Ucrânia
Bloco fez pactos com Moldávia e Geórgia
Poucas horas após o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, recusar um acordo com a União Europeia, a entidade acusou a Rússia de impedir o acordo, como forma de manter o seu domínio sobre as antigas repúblicas soviéticas.
Yanukovich recusou a oferta após dois dias de reunião de ex-repúblicas soviéticas com governos europeus na Lituânia. Em encontro com a chanceler alemã, Angela Merkel, ele reconheceu que tem uma relação bastante desigual com a Rússia.
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, afirmou que rejeitará os vetos da Rússia à relação do grupo com antigas repúblicas soviéticas.
Herman Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu, manteve sobre a mesa o acordo. "Chegou a hora da coragem e decisão. Não devemos renunciar ante pressões externas, mesmo da Rússia".
Mais cedo, Yanukovich dissera que a Ucrânia ainda pretende assinar um acordo com a UE no futuro, mas que seu país precisa de um pacote de ajuda financeira para facilitar essa aproximação. Ele disse que uma oferta anterior de € 600 milhões (R$ 1,86 bilhão) seria "humilhante".
A recusa do presidente ucraniano fez com que cerca de 5.000 pessoas protestassem contra o governo. O ato foi acompanhado por forças de segurança, que, em alguns momentos, se enfrentaram com o grupo.
Concretamente, a Ucrânia quer que a UE ajude na modernização de seu sistema de gasodutos e que retire as restrições à importação de alguns produtos ucranianos. Os líderes europeus asseguraram que a porta da UE e de seu vasto mercado de 500 milhões de habitantes continuará aberta.
Os 28 países da União Europeia subscreveram acordos de associação com a Geórgia e com a Moldávia que deverão ter a sua forma definitiva em alguns meses.
O grupo também firmou um acordo com o Azerbaijão para facilitar a concessão de vistos a seus cidadãos.
