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Após ataque, Farc decidem cessar-fogo por 30 dias

Ação contra posto policial deixou oito mortos e 20 feridos no sábado

Governo da Colômbia, que negocia acordo de paz com a guerrilha, não deve afrouxar sua ofensiva militar

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS DE CARACAS

As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), que negociam com o governo colombiano um acordo de paz em Havana, anunciaram ontem um cessar-fogo unilateral de 30 dias, iniciando em 15 de dezembro.

A declaração vem um dia após um ataque a uma delegacia de polícia em Inzá, no sudoeste da Colômbia, que matou oito pessoas. Horas antes de anunciar o cessar-fogo, o grupo disse que esse tipo de ação faz parte do conflito armado com o governo.

No ano passado, e já em meio às negociações em Cuba, as Farc declararam cessar-fogo unilateral durante as festas de fim de ano.

Ontem, a guerrilha disse esperar que o governo retribua oferecendo paz, o que é improvável, pois a decisão de Bogotá é seguir o diálogo sem afrouxar a ofensiva militar.

É a primeira vez que a decisão do governo é sentar-se à mesa com as Farc sem deter o conflito. Para analistas, ainda que a modalidade gere desconfiança sobre o processo de paz, a escolha evita que eventuais descumprimentos da trégua ponham a perder as conversas.

"Segundo a Universidade Javeriana de Bogotá, o cessar-fogo de 2012 foi seguido na maior parte do tempo. É um sinal de que as Farc têm controle sobre seus homens", disse à Folha o ex-governador do departamento de Nariño Antonio Navarro, que foi um dos chefes da guerrilha colombiana M19 até os anos 90.

Segundo especialistas, um dos riscos que a negociação de paz enfrenta é a fratura da guerrilha. Frentes das Farc poderiam não aceitar os acordos de paz ou simplesmente se desligar dos chefes em Havana e seguir com atividades ilegais, como o narcotráfico.

ATENTADO

Na madrugada de sábado, um grupo de guerrilheiros lançou bombas contra um posto policial em Inzá, deixando oito mortos e 20 feridos, em sua maioria membros das forças de segurança.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, disse que a ação dificultará o diálogo com a guerrilha, mas descartou intenção de cessar-fogo.

O ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, ofereceu 50 milhões de pesos (R$ 60 mil) para quem der informações que levem aos responsáveis.


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