Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Vilarejo foi sitiado pelas Forças Armadas para sepultamento

DO ENVIADO A QUNU

O fim de semana foi inesquecível para o vilarejo de Qunu, invadido por jornalistas, policiais e blindados do Exército.

A visão de helicópteros militares pousando e levantando voo em pastos em meio a vacas e cabras foi comum.

A cidade foi literalmente sitiada pelas Forças Armadas, que controlavam quem podia entrar (moradores) e quem não podia (imprensa).

Fora do perímetro de segurança, três tendas foram montadas sobre uma colina, de onde se podia avistar a vila e as grandes tendas brancas erguidas para o funeral.

Um telão foi colocado e atraiu cerca de 500 pessoas, entre moradores locais e apoiadores de Nelson Mandela que vieram de diferentes partes do país.

Senhoras com longos vestidos coloridos e lenços na cabeça vieram em peso, conversando animadamente em xhosa, língua local conhecida pelos fonemas formados a partir de estalos da língua.

"Eu me sinto mal, mas estou também feliz porque minha vida é melhor hoje", disse Nomasonto Mqungwana, uma das poucas que falava algo de inglês.

Quando aviões e helicópteros sobrevoaram a vila, já no finalzinho da cerimônia, foi uma correria para olhar para o céu e aplaudir o improvável espetáculo.

SIMPLIFICAÇÃO

Por causa do atraso na solenidade de despedida, os rituais tribais foram simplificados. Eles previam rezas de invocação dos espíritos dos antepassados de Mandela, mas foram feitos de forma discreta, longe dos olhos da imprensa.

Bastante visível foi a chegada de cerca de 200 membros da etnia zulu, vindos de áreas onde esse grupo é predominante, mais para o leste do país.

Vestidos a caráter, com peles de animais sobre o corpo e lanças, chegaram cantando e dançando.

Durante séculos, zulus e xhosas guerrearam por território, mas ontem o clima era de harmonia.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página