Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Cuba pede aos EUA 'relação civilizada'

Raúl Castro diz que não reivindica que americanos mudem seu sistema político e que não aceita negociar o da ilha

Durante discurso na Assembleia, ditador diz que os dois países podem estabelecer um 'diálogo respeitoso'

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em discurso no encerramento dos trabalhos da Assembleia Nacional de Cuba, anteontem, o ditador Raúl Castro pediu ao governo dos Estados Unidos um "diálogo respeitoso", que não comprometa a soberania da ilha, e considerou que os dois países podem estabelecer uma "relação civilizada".

"Se nos últimos tempos fomos capazes de sustentar alguns intercâmbios sobre temas de benefício mútuo (...), consideramos que podemos resolver outros assuntos de interesse e estabelecer uma relação civilizada entre os países, como desejam o nosso povo, a grande maioria dos cidadãos americanos e a emigração cubana", disse.

Ele revelou que funcionários cubanos e americanos se reuniram diversas vezes durante este ano para discutir assuntos práticos, como a imigração e o restabelecimento de um serviço de correio entre os países.

Castro lembrou que o governo da ilha expressou a Washington, "em múltiplas ocasiões", a sua disposição de ter um "diálogo respeitoso, em igualdade, e sem comprometer a independência, a soberania e a autodeterminação" de Cuba.

'DIFERENÇAS'

"Não reivindicamos aos Estados Unidos que mudem seu sistema político e social, e não aceitamos negociar o nosso. Se realmente desejamos avançar nas relações bilaterais, teremos que aprender a respeitar mutuamente nossas diferenças e nos acostumar a conviver pacificamente com elas. Caso contrário, estaremos dispostos a suportar outros 55 anos na mesma situação".

Cuba e EUA estão com relações rompidas desde 1961, e os americanos mantêm um embargo econômico à ilha.

APERTO DE MÃO

Ao referir-se às relações bilaterais, Castro não citou o recente aperto de mão com o presidente Barack Obama, na África do Sul, durante homenagem a Nelson Mandela.

O ato despertou expectativas de aproximação entre Washington e Havana, apesar de os dois governos terem minimizado sua importância, considerando-o apenas uma mostra normal de civilidade.

Desde que recebeu o poder do irmão Fidel, em 2006, Castro iniciou um programa de reformas econômicas que ajudaram a relaxar as tensões com os EUA e, segundo ele, pretendem "atualizar" o modelo socialista.

"A atualização do modelo econômico prosseguirá sem pressa, mas sem pausas", afirmou. Entre as mudanças mais recentes está o anúncio do fim das restrições à compra e venda de carros particulares novos e usados.

SUCESSOS

Em sua fala, o ditador também ressaltou os "grandes sucessos" de Cuba em 2013, como a eleição do país como membro do Conselho de Direitos Humanos da ONU, e lembrou a cúpula de presidentes da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), que a ilha sediará no final de janeiro.

Castro celebrou ainda o "decisivo resultado conseguido pelas forças revolucionárias da Venezuela, sob a direção do presidente Nicolás Maduro", nas recentes eleições municipais no país. "Foi uma resposta contundente às tentativas desestabilizadoras dos opositores do governo".


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página