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Terrorista mata 15 em estação de trem russa

Principal suspeita sobre a autoria da explosão em Volgogrado (sul) recai sobre uma mulher de origem tchetchena

Líder radical havia instado insurgentes a fazerem atentados contra Olimpíadas de Inverno, em fevereiro

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS - Um atentado suicida matou 15 pessoas e feriu ao menos 50 ontem numa estação de trem em Volgogrado, a 900 km de Moscou, na Rússia. Segundo o governo russo, a responsável seria uma mulher. No entanto, outros relatos dizem que poderia ser na verdade um homem que se disfarçou de mulher.

O ataque aumenta o receio de uma possível onda de atentados terroristas nas vésperas dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi (sul da Rússia), em fevereiro. Nenhum grupo assumiu a autoria do atentado, mas as principais suspeitas recaem sobre radicais da república da Tchetchênia.

O presidente russo Vladimir Putin ordenou que as agências de segurança adotem todas as medidas necessárias para evitar novas explosões. Foi o segundo ataque no sul da Rússia em três dias e a mais letal explosão do gênero na região em quase três anos. Na última sexta-feira, um carro-bomba matou três pessoas em Pyatigorsk.

O terrorista detonou seus explosivos na frente de um detector de metais, logo após a entrada principal da estação de trem. Autoridades localizaram a cabeça decepada do suicida, o que deverá ajudar a identificar o autor.

A explosão estilhaçou as janelas dos andares inferiores do imponente prédio da estação. "Lá de dentro voavam pedaços de carne misturados com cacos de vidro e fumaça, nem conseguia entender o que estava acontecendo", disse a moradora Svetlana Zabotko, que testemunhou a explosão. A explosão foi registrada por volta das 12h45 locais (6h45 de Brasília), quando a estação estava lotada devido às festas de Ano-Novo. A polícia procurou dispersar as pessoas para evitar novas vítimas em uma possível segunda explosão --tática comumente usada por extremistas.

Volgogrado é uma cidade de cerca de 1 milhão de habitantes, a 690 km de Sochi. Mulheres-bombas, chamadas de "viúvas negras", muitas vezes são viúvas ou irmãs de insurgentes islâmicos. Elas já foram autoras de vários atentados na Rússia.

Tanto Sochi como Volgogrado estão próximas do norte do Cáucaso, onde repúblicas como o Daguestão e a Tchetchênia, ambas de maioria muçulmana, abrigam grupos radicais com tendências separatistas.

O líder tchetcheno Doku Umarov, em vídeo postado na internet em julho, instou insurgentes a fazerem atentados em Sochi e chamou os jogos de "satânicos".


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