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Israel solta palestinos antes de visita de Kerry

Libertação havia sido determinada antes da retomada do diálogo entre israelenses e Autoridade Palestina, em julho

Secretário de Estado dos EUA deve chegar no fim desta semana à região; apesar da libertação, situação é conflituosa

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

Israel libertou na madrugada de ontem 26 prisioneiros palestinos em gesto de boa vontade em relação às negociações de paz, conforme determinado antes de as conversas entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina serem retomadas, em julho.

A soltura ocorreu às vésperas da chegada de John Kerry, secretário de Estado americano, ao Oriente Médio, prevista para o fim da semana.

Kerry tem ido com frequência à região para negociar um acordo de paz. Mas a recepção dos presos palestinos com festa ontem, assim como a afirmação do premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, de que "assassinos não são heróis", expõe uma realidade política ainda conflituosa.

Os libertos haviam sido condenados antes da assinatura dos Acordos de Oslo, em 1993 --são considerados veteranos entre os presos palestinos. Foi o terceiro grupo solto nesse contexto. A soltura tem significado político, por ser reivindicação tradicional da liderança palestina.

A quarta etapa, em abril, deve ser ainda mais importante, pois pode incluir cidadãos israelenses e também presos condenados por terem realizado grandes atentados.

Entre os cidadãos israelenses, a expectativa maior é em relação a Karim e Maher Yunis, presos há três décadas. Eles foram condenados pela morte do soldado Avraham Brumberg nos anos 1980.

Segundo a agência AFP, os presos foram recebidos em Ramallah (Cisjordânia) pelo presidente palestino Mahmoud Abbas, que lhes disse que "não haverá acordo final [com Israel] até todos estarem em casa". Os ex-detentos levaram flores ao túmulo do líder palestino Yasser Arafat.

Em Gaza, os prisioneiros que voltaram ao estreito de terra após serem libertados foram saudados com gritos de "os heróis estão de volta".

Como nas rodadas anteriores de soltura, houve anteontem protestos organizados pelas famílias de vítimas dos presos libertados, apelidados de "marcha dos guarda-chuvas", devido ao clima chuvoso em Jerusalém. Manifestantes pintaram as mãos de vermelho, imitando sangue.

Em acordo com a polícia, a marcha da casa de Netanyahu ao Muro das Lamentações foi mantida. Mas só 15 dos manifestantes concluíram o trajeto diante da casa de um dos presos, dentro das muralhas antigas de Jerusalém.


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