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Rússia reforça segurança; total de mortos em ataques sobe para 36
Governo detém 87 para investigação e mobiliza 5.200 policiais
O total de mortos nos três atentados a bomba em Volgogrado e Pyatigorsk nos últimos dias subiu de 34 para 36, informaram autoridades da Rússia ontem. Em Volgogrado, a polícia intensificou a segurança e mobilizou 5.200 policiais e militares na operação "Furacão Antiterrorismo". Já foram detidas 87 pessoas para investigação.
A Rússia vive o pânico de ataques terroristas a seis semanas de receber os Jogos Olímpicos de Inverno.
Anteontem, a explosão de um homem-bomba em um ônibus elétrico de Volgogrado, sudoeste russo, matou 15 pessoas e feriu dezenas.
No domingo, 17 haviam morrido depois que um terrorista (provavelmente mulher) detonou explosivos na principal estação de trem da cidade, que fica a 690 km de Sochi, sede da Olimpíada de Inverno em fevereiro. Um homem ferido no ataque morreu ontem à noite, elevando para 18 o número de mortos.
Na sexta-feira, uma ação em Pyatigorsk já havia tirado a vida de três pessoas.
As suspeitas recaem sobre militantes da Tchetchênia, república separatista infiltrada por fundamentalistas islâmicos que veem nos jogos uma oportunidade para atingir os inimigos no governo russo.
'ANIQUILAÇÃO'
Ontem, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que vai "aniquilar" os terroristas responsáveis pelos ataques. "A Rússia vai continuar a lutar ferozmente contra os terroristas até a sua completa aniquilação", disse Putin.
Nas ruas de Volgogrado, ônibus especiais carregando policiais e militares rodam dia e noite. Em shoppings, todos estão sendo revistados antes de entrar. Festas foram canceladas, e os moradores da cidade foram orientados a não soltar fogos de artifício.
Em Sochi, foram transferidos pelo menos 600 policiais de outras cidades para reforçar a segurança do local.
