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Blasio foi alvo de preconceito ao casar, diz amiga

JOANA CUNHA DE NOVA YORK

"Ele não é um branco chato". A afirmação, feita pela jovem Chiara de Blasio, filha de Bill de Blasio, em um evento da campanha do pai meses atrás, ilustra as nuances raciais que seu mandato ganhou antes mesmo de começar.

Descendente de alemães e italianos, casado com uma mulher negra, o democrata teve quase 100% de apoio entre os eleitores negros em sua vitória em novembro.

David Dinkins, o primeiro prefeito negro de Nova York, eleito em 1989, ficou com 90% do voto negro.

Muitos atribuem a vitória ao carisma e ao charme do cabelo afro do outro filho de Blasio, o adolescente Dante, que estrelou uma propaganda de campanha.

Em entrevista à revista "New York", o ex-prefeito Michael Bloomberg chegou a insinuar que a promoção da imagem da harmonia birracial tinha viés racista.

A cobertura da corrida para as eleições municipais no ano passado foi farta nas descrições sobre como e quando Blasio se apaixonou por Chirlane McCray, no início dos anos 1990, enquanto ambos trabalhavam para a administração de Dinkins.

"Muita gente olha para eles e só vê uma família bonita e moderna do século 21. Mas é mais profundo. Eles se casaram numa época em que um casamento birracial era raro. Houve muito preconceito", disse à Folha Bertha Lewis, presidente da entidade pelos direitos civis Black Institute e amiga do novo prefeito há quase 30 anos.

Segundo o US Census Bureau, os casamentos heterossexuais interraciais ou interétnicos subiram de 7% em 2000 para 10% em 2010.

"Ele entende muito bem e incorporou a cultura negra como ninguém", afirma Lewis, lembrando-se de um hábito aprendido por Blasio de dizer "sim, minha senhora", ao dialogar com mulheres negras mais velhas --um detalhe cultural preservado por descendentes africanos nos EUA.


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