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Imigrantes ilegais devem continuar fora do sistema

DE NOVA YORK

Ainda é cedo para avaliar o impacto dos novos segurados sobre o sistema de saúde americano e o funcionamento dos novos planos subsidiados pelo governo. No entanto, analistas já questionam o preparo dos hospitais e do sistema de pagamentos para responder a uma maior demanda por atendimentos.

A Folha percorreu hospitais do Harlem, em Nova York, nos primeiros dias de funcionamento do programa. Encontrou, em sua maioria, pacientes que já tinham planos de saúde anteriores ao Obamacare. Muitos nem cogitam mudar para outro seguro.

Havia ainda não segurados esperando por atendimento. Na emergência do Harlem Hospital Center, o mexicano Carlos (ele pediu para ter o nome mudado na reportagem), 35, imigrante ilegal há dez anos, aguardava um médico para examinar a filha de duas semanas.

"Para mim, é complicado me inscrever, porque não tenho os documentos (de imigração). Nem tentei o processo, porque sabia que seria recusado", disse.

Como ele, há centenas de milhares de imigrantes ilegais que deverão ficar de fora do Obamacare --mas, ao menos, estão dispensados das multas sobre não segurados a partir de abril.

Segundo a Associação de Hospitais da Grande Nova York, não houve um aumento na demanda dos ambulatórios e prontos-socorros da região.

"É muito cedo para, inclusive, fazer qualquer previsão da procura nas próximas semanas e meses, mas os hospitais de NY certamente estão prontos para um aumento da demanda", disse a diretora de relações públicas do órgão, Kristin Stephens.

Para James Capretta, do Centro de Ética e Políticas Públicas, em Washington, há risco não só sobre a capacidade dos hospitais como sobre se os médicos vão querer atender os novos segurados.


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