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General egípcio diz que disputará eleição

Abdel Fatah al-Sisi, chefe do Exército e maior liderança do país, cogita concorrer à Presidência "se o povo quiser"

Afirmação foi feita ontem em discurso do militar; nesta semana, Egito terá referendo sobre nova Constituição

DA AFP

O general Abdel Fatah al-Sisi, chefe do Exército e homem forte do Egito que destituiu o presidente islamita Mohamed Mursi, disse neste sábado que se candidatará às próximas eleições presidenciais "se o povo quiser".

De acordo com o jornal oficial "Al Ahram", o general, que também é ministro da Defesa, afirmou que se candidatará se o Exército o apoiar.

Em discurso, Sisi pediu para que os egípcios participem, durante terça (14) e quarta-feira (15), do referendo sobre uma nova Constituição para o país --que dará ainda mais poder aos militares.

Desde que o Exército destituiu e prendeu no dia 3 de julho de 2013 o islamita Mursi, primeiro presidente eleito democraticamente no país, o governo interino nomeado e dirigido pelos militares reprime com mão de ferro as manifestações convocadas pela oposição, mas promete novas eleições presidenciais e legislativas para este ano.

A possível candidatura à Presidência de Sisi --que detém grande popularidade desde a destituição de Mursi-- é um dos principais assuntos no Egito, onde muitas ruas, lojas e repartições públicas estampam seu retrato.

A maior parte da população apoia o novo poder governado interinamente pelo Exército e por Sisi, que reprime de forma implacável os islamitas, em particular a Irmandade Muçulmana.

A influente organização política, da qual Mursi faz parte, venceu todas as eleições desde que uma revolta popular no ano de 2011 tirou do poder o presidente Hosni Mubarak, que governava absoluto havia 30 anos.

As palavras de Sisi sobre sua candidatura, logo depois de convidar os egípcios a participar em massa do referendo da próxima semana, confirmam o que inúmeros especialistas e líderes do governo já diziam: o homem forte do Egito apresentará sua candidatura após o referendo caso a participação seja suficientemente alta.

Sisi, de 59 anos, foi nomeado chefe do poderoso Exército egípcio em 2012, ainda durante o regime de Mursi.

O general foi o responsável por anunciar, no dia 3 de julho do ano passado, a destituição do chefe de Estado islamita, e a subsequente instauração de um governo de transição, exigindo em seu discurso que fossem organizadas eleições "livres" na primeira metade de 2014.


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