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Brasileiro desiste de imóvel no Uruguai por lei da maconha

LÍGIA MESQUITA DE BUENOS AIRES GUILHERME CELESTINO DE SÃO PAULO

A lei que regulamenta a produção e venda de maconha no Uruguai levou o advogado, educador e ex-deputado federal Arnold Fioravante, 82, a desistir de comprar um apartamento no balneário de Punta del Este.

Fioravante, que é diretor da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas), estava à procura de um imóvel que seria usado tanto por ele, em sua aposentadoria, quanto por seus filhos e netos.

Antes de escolher um lugar, ao descobrir que a lei entraria em vigor no país vizinho, ele enviou um e-mail a um corretor uruguaio explicando a desistência.

"Optei por não levar a minha família onde essa experiência não esteja, ainda, dominada e segura, pois sabemos que a marijuana é porta para outras experiências pessoais com substâncias tóxicas, prejudiciais e de nefastas consequências", escreveu Fioravante, que foi deputado constituinte pelo antigo PDS entre 1987 e 1991.

O advogado disse à Folha que, apesar de apenas os uruguaios poderem se cadastrar para comprar a erva, considera "impossível" o controle.

"Qualquer pessoa credenciada tem a possibilidade de acesso ao baseado e ninguém os impede de oferecer a outros", afirmou.

EDUCAÇÃO

Fioravante é contra a liberação das drogas e critica os argumentos daqueles a favor. "Os que apoiam a liberação das drogas dizem que é para efeitos recreativos'. Existe cachaça recreativa? Falar que há funções recreativas é um argumento desesperado dos que apoiam a causa."

No e-mail, ele escreve que desistiu do negócio porque "não temos, no Brasil, educadores totalmente preparados para orientar jovens como lidar com o assunto drogas'".

"Deveria existir uma disciplina especializada em ensinar a tratar do assunto nos cursos de pedagogia", disse.

O Uruguai aprovou em dezembro a lei de regulação da venda e produção da maconha. O consumo já era permitido no país.


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