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Venezuela altera controle de taxa cambial

Para garantir dólares a setores essenciais da economia, país restringe acesso à moeda para viagens e outros gastos

Cotação oficial, artificialmente baixa, causa crise na produção industrial e faz preço disparar no paralelo

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O vice-presidente da área econômica da Venezuela, Rafael Ramírez, anunciou um novo sistema de bandas para o controle cambiário, visando conter a crise econômica pela qual o país passa.

Pelo rigoroso controle cambial adotado em 2003, a taxa de câmbio oficial é artificialmente baixa, de 6,30 bolívares por dólar, mas o acesso a essa cotação, que já era fortemente limitado, será agora mais ainda restrito.

As autoridades também fazem leilões semanais de dólares em um sistema conhecido como Sicad, com cotação em torno de 11 bolívares.

Com a medida, o dólar negociado para viagens, gastos com cartão de crédito no exterior e remessas ao exterior, entre outros, antes oferecido no câmbio oficial mais baixo, terão de ser agora negociados com base na Sicad.

Neste ano, segundo Ramírez, dos US$ 42,7 bilhões que o país espera obter (quase a totalidade por meio do petróleo), US$ 11,4 bilhões serão negociados por meio de leilões da Sicad. O sistema de bandas garantirá que, deste total, US$ 6,4 bilhões irão para o setor produtivo.

O total destinado a viajantes, linhas aéreas e gastos não essenciais no exterior, portanto, será este ano de US$ 5 bilhões --uma queda em relação ao ano passado, quando foram destinados US$ 8 bilhões para os mesmos fins.

Mesmo antes disso, a oferta de dólares era muito inferior à demanda, fazendo a moeda disparar no mercado paralelo --chega a ser negociada a cerca de 70 bolívares.

A falta de divisas tem causado problemas graves na economia, num país que precisa importar quase tudo.

A maior indústria alimentícia, a Polar, diz que pode parar parte da produção por não ter como pagar fornecedores estrangeiros.

Também o jornal "Diario La Nación" afirmou ter suprimento de papel para apenas mais 30 ou 40 dias, e ameaça deixar de circular caso não obtenha moeda estrangeira para comprar o insumo.

De acordo com o jornal "El Universal", Ramírez se recusou a considerar as medidas --que devem entrar em vigor no mês que vem-- como uma desvalorização da moeda.


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