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Síria autoriza saída de civis de cidade sitiada

Regime concorda em liberar mulheres e crianças de Homs no segundo dia de negociações com rebeldes na Suíça

Em troca, oposição fará lista de prisioneiros sob seu poder, no primeiro avanço concreto nas conversas de paz

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Líderes do regime sírio anunciaram em Genebra que vão autorizar a saída de mulheres e crianças da cidade sitiada de Homs. O anúncio foi feito ontem, no segundo dia de negociações entre a oposição e representantes do governo de Bashar al-Assad.

Segundo Lakhdar Brahimi, mediador das Nações Unidas que acompanha as conversas entre os grupos, a saída de civis poderá começar hoje.

"Garanto que, se os terroristas armados em Homs deixarem sair as mulheres e as crianças, deixaremos livres todos os acessos", disse o vice-ministro sírio das Relações Exteriores, Faysal Mekdad. O regime de Assad chama de terroristas os rebeldes que tentam derrubar o governo.

Homens adultos só poderão deixar a cidade caso seus nomes estejam numa lista a ser entregue pelos rebeldes às forças do regime, para garantir que não se tratam de soldados da oposição.

Também é esperado o envio de unidades de ajuda humanitária da Cruz Vermelha e da ONU à cidade, cujo acesso foi bloqueado pelo regime.

Homs vem sendo bombardeada desde 2012 e é uma das cidades mais afetadas pela guerra civil na Síria. O conflito, iniciado em março de 2011, já matou 130 mil pessoas e desalojou outros 9,5 milhões.

Em contrapartida à saída dos civis, a oposição presente em Genebra concordou em elaborar uma lista de prisioneiros do regime em poder das forças rebeldes, mas apenas de grupos com os quais "mantém contato" ou sobre os quais "tem autoridade", o que não inclui todas as forças antigoverno.

Rebeldes também pediram a liberação de milhares de prisioneiros da oposição em poder das tropas de Assad.

Segundo Brahimi, toda a negociação foi conduzida de forma indireta. Membros do regime e da oposição ficaram em salas separadas e discutiram apenas com o mediador.

Enquanto o regime diz querer apenas coibir o "terrorismo", a oposição insiste em que se prepare ali o plano para uma transição política no país.


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