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Chanceler discute espionagem com assessora de Obama

Ministro Luiz Alberto Figueiredo teve encontro com Susan Rice sobre o escândalo revelado por Edward Snowden

Ministro se recusou a comentar reunião, em Washington; segundo ele, evento foi parte do diálogo entre os países

FERNANDO MELLO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE WASHINGTON

O chanceler do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, afirmou ontem, em Washington, que saiu "igual" da conversa que teve com o governo americano e definiu as discussões sobre espionagem como um "processo de diálogo determinado pela presidente Dilma Rousseff e pelo presidente Barack Obama".

Figueiredo se encontrou durante 43 minutos com a conselheira de segurança nacional dos EUA, Susan Rice, para discutir a revisão nas regras da Agência de Segurança Nacional (NSA).

O objetivo era receber explicações sobre as mudanças nos programas de espionagem da agência anunciadas recentemente pelo presidente americano.

O ministro evitou dar detalhes do encontro e minimizou o impacto da conversa."São relações importantes [entre Brasil e Estados Unidos], são dois parceiros. Temos questões a resolver. É isso o que posso dizer", afirmou.

Segundo Figueiredo, ele deve fazer um relato do encontro para a presidente Dilma, que irá tomar decisões: "Não posso falar sobre o conteúdo do que foi conversado".

"Não é reaproximação, o encontro é parte do processo de diálogo entre mim e Susan Rice, determinado pelos presidentes Dilma e Obama. A reunião não esgotou o processo de esclarecimento. Não é uma conversa no meu nível e no da Susan que vai levar a uma melhoria das relações."

A informação sobre o encontro foi antecipada anteontem pelo site da Folha.

Rice ligou para Figueiredo antes do discurso em que o presidente americano anunciou reformas no programa de espionagem americano, em 17 de janeiro.

Dilma cancelou sua visita de Estado a Washington em outubro depois das revelações do ex-técnico da NSA Edward Snowden de que os EUA a teriam espionado. Segundo Figueiredo, Snowden não foi debatido no encontro.

O ministro não relatou se o Brasil insistiu em um pedido de desculpas dos EUA.

ALGODÃO

Figueiredo também se reuniu com Mike Froman, o representante de comércio dos EUA. Eles discutiram o "contencioso do algodão", em que a Organização Mundial do Comércio determinou que os subsídios dos EUA a produtores de algodão eram ilegais.

A nova lei agrícola americana foi aprovada na Câmara dos Deputados e agora segue para o Senado.

Segundo o chanceler, diferentes órgãos brasileiros vão estudar a nova legislação.

"Eu disse claramente para o Mike Froman que, sim, a retaliação para nós é uma possibilidade", afirmou. "Porém, nós temos que olhar cuidadosamente essa nova lei."


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