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Ucranianos desafiam ameaça de militares

Cerca de 50 mil pessoas tomam praça em Kiev, capital do país, exigindo a saída do presidente Viktor Yanukovich

Possibilidade de intervenção do Exército para retomada da ordem no país causou agravamento da crise

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Ignorando os rumores de intervenção militar iminente na crise ucraniana, cerca de 50 mil pessoas se reuniram ontem no centro da capital, Kiev, exigindo a renúncia do presidente Viktor Yanukovich --que está em licença médica e deverá retornar hoje ao trabalho.

Foi a maior concentração popular dos últimos dez dias. Na última sexta-feira, os militares cobraram de Yanukovich medidas urgentes para estabilizar a situação do país do leste europeu, por considerarem que a segurança nacional está ameaçada.

O país vive uma onda de manifestações desde que o governo rejeitou negociação de um acordo com a União Europeia após pressão russa.

Outro agravante da crise foi a aprovação de uma lei antiprotestos que punia, entre outras ações, a invasão de prédios estatais --a legislação foi revogada dias depois pelo Parlamento local, numa tentativa de arrefecer a crise política.

O governo aprovou uma lei de anistia que beneficiaria a maioria dos manifestantes detidos. A soltura, porém, está condicionada à desocupação de prédios governamentais, o que os oposicionistas rejeitam.

Além da praça da Independência, em Kiev, o movimento antigoverno ocupa as sedes de dois ministérios e de governos regionais no oeste do país.

É a maior crise enfrentada no país desde 2004, quando a chamada "Revolução Laranja" depôs um governo alinhado à Rússia e abriu a perspectiva de aproximação com o Ocidente. Sucessivas disputas políticas frustraram esse objetivo, no entanto.

A Rússia tem grande influência sobre os ucranianos. Para manter o país em sua órbita, Moscou já prometeu recursos de cerca de US$ 15 bilhões à Ucrânia, além da redução do preço do gás que exporta para o vizinho.


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