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Primeiro-ministro italiano anuncia que entregará o cargo

Decisão foi tomada após Enrico Letta perder o apoio de seu partido; Matteo Renzi deve ser o seu substituto

Em meio a crise econômica, país troca de comando pela quarta vez em um período de pouco mais de dois anos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, renunciará hoje ao cargo, após perder ontem o apoio de seu próprio partido. Uma reunião do Partido Democrático (PD) aprovou ontem a troca de comando na legenda e, em consequência, no país.

Quem deve assumir é o secretário-geral da sigla, Matteo Renzi, após ser nomeado pelo presidente, Giorgio Napolitano.

"Após as decisões tomadas neste dia pela direção nacional do Partido Democrata, eu informo o presidente da minha vontade de apresentar amanhã [hoje] ao Quirinale [sede da Presidência] minha renúncia de presidente do Conselho [primeiro-ministro]", afirmou Letta.

Na reunião, Renzi defendeu a saída de Letta com o objetivo de criar um governo mais ambicioso para tirar o país da prolongada crise econômica que enfrenta.

"A Itália não pode viver em uma situação de incerteza e instabilidade. Estamos em uma encruzilhada", disse Renzi.

Pesou na decisão do partido a imagem de Renzi como líder jovem e carismático, em contraste com o conciliador Letta. Renzi, 39, é prefeito de sua cidade natal, Florença, desde 2009 e secretário do PD desde 2013.

Ele deve ser o quarto primeiro-ministro do país em pouco mais de dois anos.

Em meio à instabilidade política, o Parlamento havia trocado Silvio Berlusconi pelo tecnocrata Mario Monti em novembro de 2011, e este por Letta, em abril do ano passado, após tensas negociações para a formação de uma coalizão após eleições gerais.

O mais votado havia sido Beppe Grillo, ex-comediante e líder do Movimento 5 Estrelas, com proposta reformista radical, mas que não conseguiu base entre seus pares para assumir como primeiro-ministro italiano.

A mudança de comando na terceira maior economia da zona do euro teve pouco impacto nos mercados financeiros, ao contrário da volatilidade observada durante as crises anteriores.

A Itália teve taxa de desemprego de 12,7% em dezembro, e o país deve crescer 0,6% em 2014.


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