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Sem acordo, ONU suspende negociações sobre a Síria

Oposição diz que se recusa a retomar diálogo se transição não for discutida

Representante de Assad culpa opositores por não querer 'tratar do terrorismo'; rusga entre EUA e Rússia se acirra

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Após uma semana de queda de braço entre o governo e a oposição síria, o mediador internacional da ONU, Lakhdar Brahimi, decidiu suspender a segunda rodada de negociações de paz em Genebra (Suíça) sem que nenhuma pauta fosse estabelecida.

O porta-voz da oposição síria, Louay Safi, afirmou ontem que não voltará para uma terceira rodada sem a garantia de diálogo sobre a criação de um órgão para conduzir a transição do governo do ditador sírio, Bashar al-Assad.

A oposição diz que o bloqueio das tratativas deve-se à atitude do governo sírio de rejeitar a agenda de negociações proposta por Brahimi e "querer falar só de terrorismo". Membros da delegação oposicionista em Genebra afirmaram ontem que seus nomes foram parar numa "lista de terroristas" do governo, que apreendeu seus bens, casas inclusive. Um diplomata confirmou a informação à agência Reuters.

O chefe da delegação do regime sírio, Bashar Jafari, afirmou em resposta que sua equipe não impõe condições para retomar as conversas.

"Voltaremos por nosso povo e para acabar com a violência e o terrorismo em nosso país", disse Jafari.

Brahimi disse que o encontro será suspenso para que cada parte reflita sobre sua responsabilidade e se desejam continuar a negociar a paz. Sob anonimato, dois diplomatas disseram à agência AFP que o mediador atribui o impasse ao governo Assad.

Novas tensões entre Rússia e os EUA nasceram durante a semana. A delegação americana propôs que o Conselho de Segurança da ONU aprovasse resolução requerendo que os dois grupos sírios permitissem a entrada de auxílio humanitário em todo território. O grupo russo classificou a proposta de "enviesada contra o governo sírio".

Ontem, o Observatório Sírio de Direitos Humanos, que se opõe a Assad, elevou para 140 mil a estimativa de mortos na guerra civil síria desde seu início, em março de 2011.


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