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Análise
Mídia do país exibia novelas no dia em que a violência eclodiu
Cresce na Venezuela o temor de que Nicolás Maduro esteja apertando o cerco à mídia. "Fora as mortes nos protestos, o pior que tem ocorrido é a redução da liberdade de expressão", diz David Smilde, do "think tank" Washington Office for Latin America.
Na quarta, quando a violência eclodiu e houve três mortos, a mídia venezuelana exibia novelas e mensagens do governo --"sinal muito pouco lisonjeiro de autocensura", segundo o analista.
Grupos pró-governo supostamente roubaram ou quebraram câmeras de agências de notícias, e Maduro, que acusou a AFP de "manipulação", tirou das listas de canais a cabo o colombiano NTN24.
"Antes, o governo inventava explicações. Agora, Maduro diz abertamente que tirar a NTN24 do ar foi decisão de Estado", afirma Smilde.