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Polícia russa detém membros do Pussy Riot
Sete integrantes do grupo foram interrogadas em Sochi, sede da Olimpíada de Inverno
Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alekhina, integrantes do grupo Pussy Riot, foram detidas ontem para interrogatório por várias horas em Sochi, sede dos Jogos Olímpicos de Inverno, na Rússia.
Além das duas, outras sete integrantes do grupo foram também detidas pela polícia perto do terminal ferroviário da cidade, onde torcedores costumam celebrar os resultados das disputas da Olimpíada.
Segundo fontes policiais, as ativistas foram detidas para serem interrogadas sobre um furto que teria acontecido no hotel onde elas estavam hospedadas. Nenhuma delas foi indiciada.
Segundo Tolokonnikova, a detenção se seguiu a três dias de assédio da polícia local.
Ela disse que já havia sido detida com sua colega por policiais dois dias antes.
"Nós, membros do Pussy Riot, estamos aqui desde domingo e temos sido constantemente detidas pela polícia", disse Tolokonnikova logo após ser liberada.
Ela e Alekhina vestiam máscaras coloridas ao serem soltas pelos policiais.
"Somos sempre seguidas por pessoas, não por vocês, jornalistas, mas por aqueles que vivem à procura de um motivo para nos deterem", afirmou.
As integrantes do Pussy Riot ganharam atenção internacional em 2012, após fazerem uma manifestação contra o governo de Vladimir Putin dentro de uma catedral em Moscou.
As duas foram sentenciadas a dois anos de prisão, mas acabaram sendo soltas em dezembro do ano passado após uma anistia.
Pyotr Verzilov, marido de Tolokonnikova, e outras pessoas que foram detidas disseram que as integrantes do Pussy Riot não estavam fazendo nenhum protesto e nenhuma manifestação quando foram presas.
Tolokonnikova disse, porém, que o grupo está em Sochi para fazer protestos.
