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Na Síria, ataque de forças do regime deixa ao menos 175 rebeldes mortos
Região perto da capital, antes dominada por insurgentes, começa a ser retomada por governo
No Líbano, Hizbullah diz ter sido alvo de bombardeio da aviação israelense e promete responder à agressão
A agência de notícias estatal síria Sana informou que o regime sírio matou ao menos 175 rebeldes em uma emboscada em Ghouta Oriental, perto da capital, Damasco.
Em agosto passado, o local foi alvo de um ataque químico que rebeldes atribuem às forças de Bashar al-Assad.
Segundo a Sana, o Exército afirmou que terroristas da Frente al-Nusra, vinculada à Al Qaeda, e do grupo Liwa al-Islam foram mortos na ação e que centenas foram feridos.
O regime afirma que, entre os combatentes, estavam sauditas, qatarianos e tchetchenos, no que seria uma nova demonstração de infiltração estrangeira nos confrontos.
A ação também foi relatada pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos, sediado em Londres, que relatou a morte de 70 rebeldes e o desaparecimento de outros 89.
A entidade ainda acusa o grupo radical xiita libanês Hizbullah de ter dado apoio às tropas leais a Assad.
A emboscada é mais uma ação que mostra o aumento do domínio do país pelas forças do ditador. A região da periferia de Damasco, anteriormente rebelde, começa a ser retomada pelo regime.
Cerca de 140 mil pessoas morreram e milhões tiveram de abandonar seus lares desde o início da guerra civil síria, em março de 2011.
HIZBULLAH
O grupo xiita libanês Hizbullah admitiu ontem ter sido alvo de um ataque aéreo de Israel. A declaração, incomum, foi seguida da afirmação de que o movimento responderá à agressão no "tempo" e "local" que escolher.
Fontes de segurança ouvidas por meios de comunicação disseram que o alvo foi uma base de mísseis do Hizbullah em local próximo à fronteira com a Síria.
Uma fonte ouvida pela revista "Time" afirmou, porém, que os aviões atingiram um comboio que transportava mísseis de superfície entre a Síria e o Líbano.
Israel teria agido para impedir a transferência desse armamento.
Os diários "Haaretz" e "Jerusalem Post" especulavam a respeito das chances de Israel ser alvo de um revide da organização xiita, com a qual o país travou diversos confrontos no passado.
Israel não costuma comentar supostas ações militares.
O primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, afirmou apenas que o país faz tudo o que está ao seu alcance para defender seus cidadãos.
O Hizbullah já enviou para a Síria diversos militantes a fim de defender o regime de Assad.