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Justiça venezuelana manda deter mais um líder opositor

Carlos Vecchio é coordenador do partido Vontade Popular, de Leopoldo López, que está preso há dez dias

Chanceler Elías Jaua chega ao Brasil para buscar respaldo a Maduro; Argentina e Uruguai já deram apoio

DE BUENOS AIRES DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Justiça da Venezuela emitiu uma ordem de captura contra Carlos Vecchio, coordenador político nacional do partido opositor Vontade Popular. É a segunda ordem de prisão contra um dirigente do partido.

Leopoldo López, líder do VP, foi preso há dez dias, acusado de incitar os protestos, que já deixaram 13 mortos.

A ordem de detenção contra Vecchio, assinada pela juíza Ralenis Tovar Guilén no dia 17 passado, foi revelada em um comunicado do Vontade Popular e mostrada no site do jornal "El Universal".

O governo não se manifestou sobre a decisão.

Vecchio é acusado dos mesmos delitos imputados a López: incêndio intencional, instigação pública e associação para delinquir.

BUSCA POR APOIO

Ontem, o ministro das Relações Exteriores venezuelano, Elías Jaua, continuou seu giro por países do Mercosul para expor a situação da Venezuela e buscar respaldo ao presidente Nicolás Maduro.

Argentina e Uruguai declararam apoio à estratégia de Caracas de fazer com que a crise venezuelana seja analisada pela Unasul, grupo de 12 países da América do Sul, e não pela OEA (Organização dos Estados Americanos), da qual os EUA fazem parte.

Uma eventual condenação pública ao governo pela OEA traria constrangimento político a Maduro e poderia fomentar os protestos no país.

Ontem, Jaua se reuniu pela manhã com a presidente argentina, Cristina Kirchner.

Após o encontro, o chanceler argentino, Héctor Timerman, disse que "a Argentina apoiará o direito do povo venezuelano de ser governado por Nicolás Maduro, como foi expressado em eleições diretas há oito meses".

Jaua afirmou que "a força popular que governa a Venezuela ganhou 18 de 19 eleições" em 25 anos e que seu país sofreu uma "campanha internacional que tem como objetivo satanizar o governo".

Segundo ele, "a Venezuela é um país de paz" e, por meio da "descontextualização de imagens", pretende-se "equiparar um governo democrático e legítimo a grupos que buscam derrubá-lo".

Anteontem, Jaua esteve na Bolívia e no Paraguai. Em Assunção, capital paraguaia, reuniu-se com o presidente Horacio Cartes.

O governo paraguaio afirmou que estudará o pedido de Jaua para que o assunto não seja tratado pela OEA.

Também em Assunção, o chanceler uruguaio, Luis Almagro, afirmou que "a Unasul é o âmbito natural para tratar o tema Venezuela".

Jaua deveria chegar ontem à noite a Brasília.

15 FERIDOS

Ontem, novas manifestações em várias partes da Grande Caracas deixaram pelo menos 15 feridos. A polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água contra os participantes.

O oposicionista Henrique Capriles, governador do Estado de Miranda, disse que se negou a participar da Conferência Nacional pela Paz, convocada por Maduro, porque "o governo não dá nenhum sinal de que quer dialogar efetivamente".

Segundo ele, antes do diálogo, "o governo deve dar uma resposta aos protestos".

Maduro anunciou que o país fará um tributo de dez dias em memória ao presidente Hugo Chávez a partir do próximo dia 5, quando se completa um ano de sua morte.


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