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Rússia aprova tropas na Ucrânia, e Ocidente tenta evitar uma guerra

Líder ucraniano põe militares em 'alerta máximo' após Parlamento russo autorizar uso de força

De acordo com governo de Kiev, já há 15 mil soldados russos no país, a maioria na Crimeia, região que apoia Moscou

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Senado russo autorizou ontem, por unanimidade, que o presidente Vladimir Putin envie tropas para a Ucrânia.

Em resposta, o presidente interino da Ucrânia, Oleksander Turchinov, colocou as Forças Armadas nacionais em "alerta máximo" e disse que uma intervenção militar no país levaria a uma guerra.

A situação aumentou o temor do Ocidente de que haja um conflito na república autônoma da Crimeia, um território ucraniano alinhado a Moscou que rejeita o novo governo do país.

Como reação à notícia, EUA e outras potências, como França, Reino Unido e Alemanha, expressaram preocupação com a situação.

Uma série de reuniões diplomáticas de emergência ocorreu ao redor do mundo, sem que houvesse consenso sobre como agir diante de uma possível ofensiva de Moscou.

Em Nova York, o embaixador ucraniano na ONU, Yuriy Sergeyev, pediu ao Conselho de Segurança ajuda para interromper as "agressões". Segundo a CNN, o governo ucraniano diz que 15 mil soldados russos já estão no país.

A Rússia, porém, é um dos cinco membros permanentes do conselho e tem poder de vetar qualquer resolução com críticas ou sanções ao país.

A Otan (aliança militar de 28 países) e a União Europeia também devem discutir a crise nesta semana.

O Kremlin disse que o objetivo é proteger cidadãos e militares russos que trabalham em bases na Ucrânia até uma "normalização sociopolítica" do país. Segundo o governo, o aval do Legislativo a uma intervenção não implica que isso vá ocorrer imediatamente.

Na semana passada, o Parlamento ucraniano derrubou o presidente Viktor Yanukovich, aliado da Rússia, após três meses de violentos protestos, que deixaram ao menos 82 mortos.

Na Crimeia, homens fortemente armados têm controlado prédios governamentais, aeroportos, uma base antimísseis das Forças Aéreas ucranianas e um posto de guarda de fronteira de Sebastopol, cidade onde a Rússia mantém sua frota para o Mar Negro.

Apesar de vestirem uniformes sem identificação, o governo ucraniano disse que se trata de soldados russos.

A intervenção tem o apoio do governo local da Crimeia. Ontem, o premiê da região, Sergei Aksionov, fez um apelo por ajuda do país vizinho.

A Crimeia, que fez parte da Rússia até 1954 e tem maioria étnica russa, vem sendo palco de manifestações contrárias à destituição de Yanukovich, ocorrida em 22 de fevereiro.

O premiê da Crimeia é considerado ilegítimo pelo governo interino do país. Para Kiev, a eleição de Aksionov, na quinta, ocorreu em um contexto de violação da Constituição Nacional, já que foi feita um dia após um grupo de homens armados terem tomado o Parlamento local.

Aksionov também anunciou que irá adiantar de 25 de maio para 30 de março um referendo, aprovado na quinta pelo mesmo Parlamento tomado, para ampliar a autonomia da Crimeia. Manifestações pró-Rússia foram registradas nas cidades de Odessa, Kharkiv e Donetsk.


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