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Justiça pune jornal por artigo sobre violência

FABIANO MAISONNAVE DE SÃO PAULO

A Justiça venezuelana determinou a apresentação a cada oito dias, perante um tribunal, de quatro diretores e de um colaborador do jornal oposicionista "Tal Cual". A decisão decorre de um processo movido pelo presidente da Assembleia Nacional, o chavista Diosdado Cabello.

Os cinco estão também cautelarmente proibidos de deixar o país. Caso sejam condenados, podem pegar de dois a quatro anos de prisão.

O motivo do processo foi um artigo do dissidente Carlos Genatios no qual critica a alta taxa de homicídio na Venezuela, que se tornou a maior da América do Sul no governo Hugo Chávez.

No texto, Genatios, ex-ministro das Ciências de Chávez, atribuiu a seguinte frase a Cabello: "Se não gostam da insegurança, vão embora."

O líder chavista nega ter dito a frase. Ontem, pelo Twitter, Cabello disse: "Donos do Tal Cual', piaram tarde. Depois de me difamar e de me caluniar, agora o mau sou eu. A minha demanda contra o seu ódio continua firme".

Em editorial publicado ontem, o diretor geral do "Tal Cual", Teodoro Petkoff, disse que a frase havia sido amplamente difundida por outros meios de comunicação e que Genatios desconhecia que Cabello a havia negado.

Petkoff lembrou que Cabello costuma fazer declarações ferozes contra opositores.

"Basta recordar que se refere habitualmente a Henrique Capriles, líder de vários milhões de venezuelanos, como assassino fascista'."

"Jamais na história do jornalismo nacional se considerou um jornal responsável da opinião de um colaborador", afirmou o editorial.

Petkoff, 84, é um dos réus da ação que têm de cumprir medida cautelar e correm o risco de serem presos.

Tido como uma voz moderada da oposição, Petkoff é o fundador do "Tal Cual". O jornal tem tiragem de cerca de 15 mil exemplares e circula de segunda a sexta-feira.


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