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Não há garantias de acordo com o Irã, diz UE

Chefe da diplomacia europeia discutiu política nuclear com chanceler iraniano

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, declarou ontem que não há garantias de um acordo nuclear definitivo com o Irã. A declaração foi feita em Teerã, onde Ashton cumpre agenda oficial e se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Mohamad Yavad Zarif.

"O acordo interino é muito importante, mas não tanto quanto o acordo mais compreensivo sobre o qual nos debruçamos. Difícil, desafiador, e não há garantia de sucesso", disse a chanceler após a reunião.

"O apoio do povo do Irã ao trabalho que está sendo feito pelo ministro [Zarif] e sua equipe e o da comunidade internacional ao meu trabalho é muito importante para que tenhamos êxito", disse.

O titular iraniano das Relações Exteriores, por sua vez, reiterou o compromisso do Irã de chegar a um acordo em matéria nuclear com a comunidade internacional. Segundo ele, pode ser alcançado "nos quatro ou cinco meses" que ainda restam do prazo.

A diplomata europeia deixou claro que esta visita, a primeira de alto nível da União Europeia ao Irã em quase seis anos, tem um objetivo bilateral e que ela não viaja representando o Grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU --EUA, Rússia, China, França e o Reino Unido-- mais a Alemanha).

A próxima reunião entre Irã e o grupo acontecerá em uma semana, no dia 17.

Ashton ressaltou o "potencial" das relações entre a República Islâmica e os países da UE, que podem se desenvolver após um acordo final.

O acordo preliminar de janeiro tenta encerrar o impasse nuclear iraniano e é visto como a tentativa mais enfática de evitar nova guerra no Oriente Médio.

Uma das principais dificuldades envolve a quantidade e capacidade das centrífugas nas quais o Irã enriquece urânio para fins pretensamente medicinais e energéticos.

Como parte da etapa inicial do acordo, que vigora até julho, Teerã já desligou parte das centrífugas. Mas as potências agora querem que as máquinas sejam desmontadas para limitar eventual guinada iraniana rumo à bomba atômica de urânio.

Ashton e Zarif debateram ainda sobre a "terrível situação" na Síria, o Afeganistão, o narcotráfico, "o potencial de diálogo de direitos humanos no futuro" e fórmulas para avançar nesse campo.


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