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Unasul cria comissão e 'respalda' diálogo proposto por Maduro

Reunidos em Santiago, chanceleres sul-americanos pretendem acompanhar processo na Venezuela

Em novos confrontos, mais 3 pessoas morrem; Lula envia carta em que pede a venezuelano que negocie com a oposição

MÔNICA BERGAMO ENVIADA ESPECIAL A SANTIAGO

A Unasul, organização que congrega 12 países da América do Sul, decidiu ontem designar uma comissão, integrada pelos ministros das Relações Exteriores, para "respaldar os esforços do governo da República Bolivariana da Venezuela" no diálogo com a oposição para um acordo que, segundo nota divulgada, "contribua com o entendimento e a paz social".

O documento, redigido depois de reunião de chanceleres de todos os países realizada em Santiago, no Chile, ressalta que a comissão foi criada a pedido do próprio governo da Venezuela.

Afirma também que o diálogo político "amplo e construtivo orientado a recuperar a convivência pacífica" será feito "considerando a Conferência Nacional de Paz" instalada pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Os diplomatas expressaram ainda a "preocupação ante qualquer ameaça à independência e soberania" daquele país.

Ao mesmo tempo em que reforça o papel do governo venezuelano como condutor do diálogo, o documento faz menção às "liberdades fundamentais, incluindo a liberdade de expressão e reunião pacífica, circulação e livre trânsito".

Manifesta ainda "solidariedade com os familiares das vítimas" e com "o povo", sem deixar de citar "o governo democraticamente eleito dessa nação irmã".

CARTA

A maioria dos países da Unasul é simpática ao governo no seu embate com os opositores. Os protestos já ocasionaram 26 mortes na Venezuela --ontem, mais três pessoas morreram em confrontos de rua.

A Folha apurou que a ideia dos países é respaldar o diálogo para que integrantes da oposição que ainda se recusam a se sentar à mesa com o governo se disponham a participar de negociação para colocar um fim à violência.

À saída do encontro, o chanceler Elias Jáua, da Venezuela, declarou que o governo de seu país se sente "plenamente satisfeito". "Nos sentimos acompanhados na batalha que o povo venezuelano está fazendo pela democracia, pela paz e pela estabilidade política em nosso país."

Afirma também estar agradecido por a Unasul ter expressado preocupação com ameaças à sua soberania, o que seria uma referência, segundo ele, a declarações de John Kerry, secretário de Estado dos EUA.

Questionado se o governo chavista teria algum tipo de "mea culpa" a fazer, afirmou que não. "O governo esta enfrentando democraticamente, com a força legal" o que seria uma tentativa de desestabilização.

O chanceler brasileiro, Luiz Figueiredo, disse que a nota da Unasul "marcou a coesão e o apoio ao diálogo".

E declarou esperar que ele se realize com "todas as forcas políticas" da Venezuela.

Ontem, Maduro revelou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou a ele uma carta em que pede que dialogue com a oposição.


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