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Explosão em Nova York deixa três mortos

Acidente em Manhattan, provocado por vazamento de gás, destruiu dois prédios e abalou construções vizinhas

Moradores sentiram estrondos e cogitaram atentado; prefeito lamentou a tragédia de pelo menos 50 feridos

ISABEL FLECK DE NOVA YORK

Uma grande explosão destruiu dois prédios em Nova York na manhã de ontem, matando ao menos três pessoas e ferindo 63. Segundo o prefeito da cidade, Bill de Blasio, o acidente foi causado por um vazamento de gás em um dos edifícios.

Ele afirmou que outras pessoas continuavam desaparecidas, mas evitou falar em números. "Os que estão desaparecidos podem estar a salvo em algum outro lugar e só não foram contatados ainda", disse. "Estamos usando todos os nossos recursos para localizar cada um deles." Fontes policiais, contudo, relataram à imprensa local que nove pessoas não teriam sido encontradas após o acidente.

Duas das vítimas tiveram a identidade divulgada: a moradora Carmen Tanco, 67, e a porto-riquenha Griselde Camacho, 44, segurança de uma faculdade.

Segundo Blasio, por volta das 9h13 (10h13) da manhã, uma moradora ligou para a concessionária Con Edison dizendo ter sentido cheiro forte de gás na região, que fica no East Harlem. Cerca de 15 minutos depois, ocorreu a explosão.

"Uma equipe foi mandada imediatamente, mas não conseguiu chegar antes da explosão", disse o prefeito. "Esta é uma tragédia do pior tipo, porque não houve um sinal a tempo de salvar as pessoas."

Um morador do prédio em frente, porém, disse à Folha que o cheiro de gás na rua era constante nos últimos dias. "Ontem [anteontem] à noite mesmo, minha namorada comentou sobre o cheiro de gás", disse Jean Pierre Roche, 48.

Um dos prédios residenciais, de cinco andares, abrigava uma igreja espanhola no térreo. O edifício ao lado, de quatro andares, tinha uma loja de pianos. Colin Paterson, um dos funcionários da loja, disse ter escapado ao ser protegido pelos instrumentos.

O casal de professores brasileiros Marisol Espinosa, 38, e Marcelo Tessari, 39, estava em casa, preparando uma aula quando ouviu o forte estrondo. O prédio onde eles moram fica no mesmo quarteirão dos desabamentos ""entre as ruas 116 e 117"", mas é voltado para Madison Avenue, via paralela à Park Avenue, onde ocorreu o acidente.

"O prédio inteiro tremeu, achei que o meu prédio estava vindo abaixo", disse Espinosa à Folha. "Pensei que podia ser um atentado com bomba, ou um avião caindo perto."

A hipótese de atentado também foi aventada pelo morador Carlos Lopez, 48. "Nessa hora, morando em Nova York, a gente só lembra do 11 de Setembro", disse.

Vários edifícios em volta foram afetados. A linha de trem da Metro-North, que passa na mesma rua, ficou fechada durante todo o dia.


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