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Africanos pulam cerca e chegam à Espanha
Imigrantes se aproveitam de neblina e alcançam Melilla, enclave próximo de Marrocos
Cerca de 500 imigrantes de origem subsaariana entraram ontem na cidade autônoma espanhola de Melilla, encravada no norte da África e separada apenas por uma cerca de Marrocos.
É a invasão mais numerosa já registrada em Melilla, cujos centros de acolhida de imigrantes estão saturados.
Segundo as autoridades locais, um denso nevoeiro ajudou os imigrantes a burlar a vigilância espanhola e marroquina na fronteira e, assim, conseguir entrar em território espanhol --consequentemente, na União Europeia.
Após saltar a cerca tripla, os imigrantes se dirigiram ao Centro de Estadia Temporária de Imigrantes, que anteontem abrigava 1.400 pessoas, o triplo de sua capacidade. O Exército montou ontem dez barracas no exterior dessas instalações, com 402 beliches adicionais.
Alguns dos recém-chegados apresentaram ferimentos leves e foram atendidos por membros da Cruz Vermelha.
O ministro do Interior espanhol, Jorge Fernández Díaz, qualificou de "violenta" a entrada de imigrantes.
Díaz reiterou que a Espanha não pode dar resposta "sozinha" ao problema e que a UE deve comprometer-se "de maneira decidida".
O governo espanhol espera uma resposta da União Europeia ao pedido de € 45 milhões para reduzir a pressão migratória em Melilla e Ceuta, cidades espanholas fronteiriças com Marrocos.
