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Papa nomeia vítima de abuso para comissão sobre pedofilia

Grupo criará diretrizes para avaliar reação da Igreja a denúncias

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O papa Francisco nomeou ontem a irlandesa Marie Collins, 66, que foi abusada sexualmente na infância por um padre, para uma das oito vagas na nova comissão para proteção de crianças e adolescentes da Igreja Católica.

Segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, o grupo será responsável por criar as diretrizes de uma segunda comissão, que avaliará a reação da instituição a casos de pedofilia com envolvimento de sacerdotes.

Collins é uma das principais ativistas contra o abuso sexual cometido por padres no mundo. Outro membro conhecido é o arcebispo de Boston, cardeal Sean Patrick O'Malley, um dos pioneiros no combate aos escândalos. Em 2011, ele divulgou documentos que mostraram como sua arquidiocese encobriu abusos cometidos por padres.

O outro religioso é o padre argentino Humberto Miguel Yáñez, que é amigo do papa Francisco.

Em comunicado, Federico Lombardi disse que a proteção das crianças é uma das prioridades da Igreja Católica e do pontífice. "Olhando para o futuro, mas sem esquecer o passado, a comissão terá a tarefa de promover a proteção dos mais jovens."

Segundo ele, isso inclui processos contra os abusadores, uma campanha sobre a exploração sexual infantil e a definição dos deveres civis e clericais da Igreja Católica em relação à pedofilia.

A comissão foi anunciada em meio às críticas de organizações de direitos humanos e da ONU em relação à atuação da Igreja nos episódios. Para os ativistas, a instituição encobriu os crimes.

Em janeiro, o Vaticano disse à Comissão de Direitos da Criança da ONU que expulsou mais de 400 padres acusados de pedofilia. Semanas depois, o órgão das Nações Unidas divulgou um relatório pedindo que os religiosos fossem levados à Justiça.


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