Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Ilustrada em cima da hora

Em São Paulo, Joan Baez recebe Geraldo Vandré no palco

Americana canta hino de protesto composto em 1968 pelo músico, que estava afastado do público desde a volta do exílio, em 1973

CARLOS MESSIAS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Como era previsível, o primeiro show em São Paulo da cantora e violonista norte-americana Joan Baez, 73, teve um viés político.

Símbolo da contracultura nos anos 1960 e ex-mulher de Bob Dylan, a cantora folk que se apresentou na noite de ontem no Teatro Bradesco é engajada desde os anos 1950. Lutou pelos direitos civis e humanos, contra a Guerra do Vietnã e a pena de morte, entre outras causas.

Joan Baez, que veio ao Brasil em 1981 e teve seu show no Tuca vetado pelo regime, resgatou o músico Geraldo Vandré, 78, que está longe da vida pública desde 1973, quando voltou do exílio.

Antes do bis, Baez o chamou ao palco e cantou o hino de protesto "Pra Não Dizer que Não Falei das Flores" (1968). Vandré só ficou parado, segurando um boné, emocionado. O público aplaudiu e cantou em uníssono.

A cantora também recebeu o senador Eduardo Suplicy (PT), que levou tanto vaias quanto aplausos. Ele, sim, cantou a sua já conhecida interpretação de "Blowing in the Wind", de Dylan.

Desafinado, Suplicy foi amparado pela dupla de músicos que acompanha Baez: eles improvisaram em cima dos tropeços do político. "Ensaiamos ontem por apenas quatro minutos", disse a cantora, na saída dele.

Elo vivo com o folk dos anos 1960, a artista de ascendência hispânica repassou seus clássicos, como "Diamonds & Rust" (1975), e interpretou standards da música de raiz norte-americana, de Woody Guthrie a Dylan.

Acompanhada apenas por um percussionista e um multi-instrumentista, Baez fez um show intimista, com arranjos simples e precisos e a mesma voz que a consagrou décadas atrás.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página