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Análise - voo desaparecido

Busca por avião é prejudicada por lixo marítimo

Maior parte dos detritos é de objetos pequenos, mas destroços de furacões e tsunamis também acabam no oceano

HENRY FOUNTAIN DO "NEW YORK TIMES"

Nos últimos dias, as buscas pelo avião desaparecido da Malaysia Airlines se concentraram em imagens de satélite imprecisas e outras observações de objetos flutuando em regiões remotas no sul do oceano Índico.

Até o momento, nenhum dos objetos foi recuperado ou identificado. Eles podem ser destroços de um avião, mas mesmo as autoridades que lideram a busca pelo voo MH370 reconhecem que também podem ser coisa completamente diferente.

Para pessoas que estudam detritos marinhos, essa "coisa completamente diferente" pode ser literalmente qualquer coisa.

Embora não existam dados firmes sobre detritos marítimos, estudos conduzidos como parte de projetos de limpeza de regiões costeiras sugerem que quatro quintos das coisas que flutuam no oceano provêm de origens terrestres: lixo e restos deixados em praias ou que viajam pelos rios ou por esgoto até o mar.

Os especialistas concordam que a maior parte desses detritos é pequeno e de plástico --muitas vezes garrafas, sacos e outros itens domiciliares e comerciais comuns.

Mas também existem muitos destroços maiores. Além de operações comerciais de pesca, nas quais é normal perder equipamento, contêineres de carga respondem por uma parcela dos detritos.

As estimativas do número de contêineres tirados de suas posições nos conveses de navios por mares bravios variam consideravelmente.

Grupos de ativistas alegam que 10 mil deles ou mais são arrastados para o mar a cada ano, mas o Conselho Mundial de Navegação, depois de pesquisar junto aos seus membros, estimou que 700 contêineres perdidos anualmente é um cálculo mais razoável.

Desastres naturais que danificam estruturas em terra, entre os quais furacões, tufões e tsunamis, também contribuem para o grande volume de detritos.

O tsunami que atingiu o norte do Japão em 2011, por exemplo, varreu cerca de cinco milhões de toneladas de material para o oceano, de acordo com estimativas do governo japonês.

Cerca de 70% dos detritos devem ter afundado de imediato, e parte do resto se dispersou pelo norte do Pacífico, de acordo com estudo da Administração Nacional Oceanográfica e Atmosférica dos Estados Unidos.

Alguns grandes objetos --barcos, um trailer com uma motocicleta dentro e diversas docas secas, uma das quais com 21 metros de comprimento-- chegaram ao oeste da América do Norte.

Até mesmo detritos do tsunami que atingiu a Indonésia, Sri Lanka e outros países do oceano Índico em 2004 continuam a flutuar.


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