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Chilenos temem novos tremores de terra

Terremoto de anteontem matou 6 e fez 972 mil deixarem suas casas; pode haver mais abalos, diz centro sismológico

Presidente visita áreas afetadas; em Iquique, 293 presas aproveitam emergência do tremor e fogem, mas 137 voltam

LÍGIA MESQUITA DE BUENOS AIRES

Após o terremoto de 8,2 graus de magnitude que atingiu a região norte chilena na noite de anteontem, o CSN (Centro Sismológico Nacional do Chile) não descarta a possibilidade de que novos tremores ocorram no país.

Segundo o diretor do órgão, Sergio Barrientos, o tremor atingiu uma "zona de lagoa sísmica", o que pode resultar em novos abalos de menor magnitude.

Já o USGS (Serviço Geológico dos Estados Unidos) afirma que um tremor de maior impacto está por vir. "Poderia ser amanhã, poderia ser em 50 anos. Aguardamos um ainda maior", disse o geólogo Mike Simons ao portal chileno Emol.

O tremor, que deixou seis mortos, atingiu principalmente as regiões de Tarapacá, Arica e Parinacota e provocou um alerta de tsunami, cancelado pela manhã.

Até a noite de ontem, o CSN havia registrado 141 réplicas do terremoto no país.

O abalo fez com que 972 mil pessoas, segundo o Onemi (Escritório Nacional de Emergências), fossem retiradas do litoral. O Onemi não soube precisar à Folha quantos continuam fora de suas casas.

A presidente Michelle Bachelet visitou a região afetada e enviou dois chefes das Forças Armadas "para assumir o comando da ordem pública e evitar situações de desordem". O objetivo era impedir saques como os que ocorreram após o terremoto de fevereiro de 2010 --na ocasião, 524 pessoas morreram. "O governo está aqui para apoiá-los", disse Bachelet.

Na tragédia de 2010, Bachelet, que estava em seu primeiro mandato na Presidência, foi acusada de ter demorado a retirar a população da área atingida após soar o alerta de tsunami.

Ontem, a ONU elogiou a reação "rápida" e "ordenada" com que o Chile agiu após o tremor de terça.

FUGA DA CADEIA

Após o terremoto, 293 detentas fugiram de uma prisão em Iquique. Até a tarde de ontem, 137 mulheres já haviam regressado à penitenciária de maneira espontânea.

O ministro da Justiça, José Antonio Gómez, disse que a fuga aconteceu numa situação extraordinária, quando o presídio colocou em prática o protocolo de emergência para terremoto.


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