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Opositor preso é indiciado na Venezuela

Chanceler brasileiro viaja amanhã ao país para participar de novas reuniões da Unasul com governo e oposição

Para União Europeia, cassação de deputada e prisão de prefeitos da oposição desrespeitam processo legal aceitável

FABIANO MAISONNAVE DE SÃO PAULO DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um dia antes de sua prisão preventiva completar o prazo máximo de 45 dias, o líder oposicionista venezuelano Leopoldo López foi formalmente indiciado por incitação à violência nos protestos contra o governo.

Se for considerado culpado, poderá ser condenado a quase 14 anos de prisão. Até a conclusão desta edição, não estava claro se López poderia responder em liberdade.

Ao anunciar o indiciamento, a procuradora-geral da República, Luisa Ortega Díaz, afirmou que a audiência preliminar de López não tem data definida, pois ainda não foi designado o tribunal que cuidará do caso.

Além de incitação à violência, López, coordenador nacional do partido Vontade Popular (VP), que defende o impeachment do presidente Nicolás Maduro, foi acusado de ser mentor de danos à propriedade e de incêndio, além de associação para delinquir.

UNASUL

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, chegará amanhã à noite a Caracas para participar de novas reuniões da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) com membros do governo e da oposição venezuelana.

Será a segunda visita do chanceler em menos de duas semanas ao país caribenho.

A viagem faz parte das negociações realizadas no fim do mês passado em Caracas, durante missão de todos os chanceleres da Unasul.

Na ocasião, foi criado um grupo de chanceleres de três países (Brasil, Colômbia e Equador) para mediação.

O grupo, entretanto, não é fechado. Por isso, é provável que outros membros da Unasul participem dessa segunda rodada de reuniões.

Ontem, estudantes da Universidade Central da Venezuela (UCV) informaram que levarão à Promotoria-Geral da República provas que, segundo eles, incriminam partidários do governo no ataque que deixou sete universitários feridos na quinta-feira.

Eles classificaram de "cúmplices" os representantes do Poder Judiciário, alegando que permitem que grupos armados pró-governo entrem na universidade e que forças policiais utilizem lançadores de gás para agredir os estudantes no local.

Ontem, opositores iniciaram um protesto de 24 horas pela libertação de detidos.

UNIÃO EUROPEIA

A União Europeia considerou que a cassação da deputada Corina e as prisões de prefeitos de oposição, como os de San Diego e de San Cristóbal, desrespeitaram processos legais aceitáveis.

"A cassação de uma deputada sem nenhum processo legal e a destituição de prefeitos em bases que não são claras não foram algo apropriado e compatível com padrões democráticos básicos", diz Christian Leffler, diretor para as Américas do serviço diplomático do bloco.


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