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Maduro rebate Lula e afirma que não fará coalizão com opositores

Brasileiro pediu que presidente da Venezuela fizesse pacto para resolver crise política no país

Reuniões deverão ser retomadas hoje, com chanceleres da Unasul; país convida Vaticano para ser mediador

DE SÃO PAULO DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rebateu na noite de anteontem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizendo que está governando e que não fará acordo com a oposição para dar fim aos protestos no país.

As declarações foram dadas pouco após a primeira reunião entre governo e seus rivais, mediada pela Unasul, em Caracas. Um novo encontro está previsto para hoje.

Em entrevista anteontem a blogueiros em São Paulo, Lula pediu ao venezuelano que "diminua o debate político para se dedicar inteiramente a governar, estabelecer uma política de coalizão".

Em seu programa de rádio, Maduro, após afirmar que Lula era um "querido companheiro", negou que tenha parado de trabalhar.

"[Estou] de acordo totalmente com Lula, é o que estamos fazendo, governando, apesar das guarimbas [barricadas], não deixamos de governar", declarou.

O mandatário venezuelano disse que a coalizão que tenta estabelecer é com a população, e recusou o chamado a negociar -embora tenha iniciado um processo de diálogo com a oposição.

"Não tenho nada que negociar com ninguém. Aqui, o que há é um debate, diálogo, que é diferente de uma negociação e de um pacto."

O ex-presidente brasileiro ainda elogiou o opositor Henrique Capriles por não ter se radicalizado nas manifestações contra Maduro.

Ontem, Capriles confirmou presença em reunião de hoje de governo e oposição, que será mediada pelos chanceleres Luiz Alberto Figueiredo (Brasil), María Ángela Holguín (Colômbia) e Ricardo Patiño (Equador).

"Estou satisfeito com o fato de que meses de ação do governo brasileiro, feita de maneira discreta porém contínua, renderam frutos no sentido de que tanto governo quanto oposição na Venezuela pediram ao Brasil que fosse um dos facilitadores do diálogo", disse Figueiredo, em nota.

Além dos ministros, o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, que é ex-núncio de Caracas, foi convidado pela chancelaria para ser mediador.

O evento terá ainda outros integrantes da oposição, exceto o Vontade Popular, que boicotou o diálogo.

O partido pede a renúncia de Maduro e é o mesmo do ex-prefeito de Chacao, Leopoldo López, preso pelo governo sob acusação de promover atos violentos.

Ontem, o governo anunciou uma data -25 de maio- para eleições municipais de duas cidades que tiveram seus prefeitos cassado e presos por apoiar os protestos, Sán Cristóbal e San Diego.

Também ontem, um grupo de 198 parlamentares latino-americanos enviou ao Tribunal Penal Internacional uma denúncia contra Maduro pela repressão aos protestos, que deixaram 39 mortos.


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