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Morre aos 78 anos o filósofo político argentino Ernesto Laclau

DE SÃO PAULO - Um dos mais respeitados filósofos políticos da atualidade, o argentino Ernesto Laclau morreu ontem de manhã, aos 78 anos. Ele teve um infarto em Sevilha, na Espanha, cidade para onde viajara com sua mulher, Chantal Mouffe, para uma conferência.

Historiador e filósofo pós-marxista, é autor de "A Razão Populista" (ed. Três Estrelas), escrito em 2005, considerado um suporte teórico de governos populistas latinoamericanos.

Laclau era considerado uma referência do kirchnerismo e chegou a declarar-se favorável a uma reforma constitucional que permitiria a reeleição ilimitada da presidente da Argentina, Cristina Kirchner.

À Folha, em dezembro de 2013, definiu o populismo como "uma forma de construir o político, não uma ideologia", algo que pode ser, segundo ele, de direita ou de esquerda.

Laclau refutava a ideia de um viés autoritário presente na política de países da América Latina. "Se houve um ataque autoritário às instituições, esse ataque não veio do populismo, veio do neoliberalismo."

Na ocasião, o filósofo classificou o lulismo como um "fenômeno positivo" na sociedade brasileira e disse que o ex-presidente Lula era "parcialmente" um populista.

Lacau vivia desde os anos 1970 em Londres, na Inglaterra. Professor emérito de teoria política na Universidade de Essex, ele escreveu também as obras "Política e Ideologia na Teoria Marxista" (ed. Paz e Terra) e "Emancipação e Diferença" (Eduerj).


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