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Estudante se recusa a fornecer amostra de DNA a inquérito

Em busca de estuprador, polícia francesa faz exames em mais de 500 frequentadores de colégio católico

Crime contra aluna de 16 anos aconteceu após desligamento das luzes e, por isso, ela diz não identificar agressor

KIM WILLSHER DO "GUARDIAN", EM PARIS

Só um estudante se negou a fornecer uma amostra de DNA aos investigadores de um estupro ocorrido em um colégio católico particular, em La Rochelle (França).

O estudante, maior de 18 anos, disse à polícia que teve razões pessoais para não fornecer o material.

No total, serão examinados 475 alunos, 31 professores e 21 outros homens adultos da escola secundária.

Todos eles estavam no colégio Fenelon-Notre-Dame no momento do crime.

Na manhã de ontem, os agentes ainda estavam coletando as últimas amostras. Algumas poucas devem ser tiradas hoje dos menores de idade e adultos que ainda não puderam fazê-lo.

Todo o material será enviado a dois laboratórios franceses para ser analisado.

É a primeira vez que uma operação desse tipo é empreendida num estabelecimento de ensino francês.

Muitos dos estudantes que forneceram amostras de DNA eram menores de idade, e o juiz que preside o inquérito pediu uma autorização dos pais, por escrito, para a realização do exame.

CRIME

Todas as pessoas examinadas estavam na escola em 30 de setembro de 2013, quando uma menina de 16 anos foi estuprada no banheiro.

O ataque aconteceu depois de as luzes do prédio terem sido desligadas e, por isso, a vítima afirma ser incapaz de identificar o seu agressor. Entretanto, a polícia encontrou traços do DNA do estuprador sobre as roupas dela.

De acordo com a promotora pública Isabelle Pagenelle, que preside a investigação e ordenou a coleta de DNA, os exames em massa são a única maneira de levar o inquérito adiante.

Os investigadores franceses avisaram que as pessoas que se recusassem a serem examinadas poderiam ser designadas suspeitas e instruídas à comparecer à delegacia de polícia, onde policiais tentariam convencê-las a doar amostras.

Se ainda assim se recusassem, os policiais poderiam pedir um mandado judicial para revistar suas casas.

Entretanto, ainda segundo a promotora Pagenelle, o jovem que não quis doar uma amostra do seu DNA ainda não foi convocado a comparecer à delegacia.

"Tomamos nota da recusa e o deixamos ir embora", disse a promotora. "Vamos aguardar os resultados das análises do material obtido", completou.

Ela disse que os exames com resultado negativo serão destruídos e que a coleta das amostras aconteceu em um ambiente de tranquilidade.

Poucas pessoas teriam recorrido ao serviço de aconselhamento psicológico montado para prestar atendimento aos estudantes.


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