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Milicianos liberam europeu de grupo detido na Ucrânia

Outros sete inspetores continuam reféns de agentes pró-Rússia, que também ocuparam TV, em Donetsk

Segundo o "New York Times", os EUA querem que próximas sanções à Rússia mirem "fortuna secreta" de Putin

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os milicianos que controlam a cidade de Slaviansk, no leste da Ucrânia, libertaram ontem o sueco Thomas Johansson, um dos oito observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (Osce) que foram capturados na sexta-feira.

"Ele [o sueco] tem um tipo leve de diabetes, por isso decidimos deixá-lo sair", disse Stella Khorosheva, porta-voz do líder separatista local Vyacheslav Ponomaryov.

Os observadores faziam parte de uma missão e eram acompanhados por cinco militares ucranianos.

No sábado, os milicianos disseram que os inspetores eram prisioneiros de guerra e os acusaram de praticar espionagem em nome da Otan (aliança militar ocidental).

Os reféns foram apresentados a jornalistas ao lado de Ponomaryov, cercados de homens armados e mascarados, no sábado, em uma entrevista coletiva. O grupo inclui quatro alemães, um polonês, um dinamarquês, um sueco e um tcheco. Os militares ucranianos não estavam lá.

Ponomaryov rejeitou o termo "refém" para se referir aos inspetores. "Eles são nossos convidados", disse.

Em seguida, o militar alemão Axel Schneider, um dos reféns, disse que os capturados estão bem e que os milicianos garantiram a segurança deles. "Desejamos do fundo dos nossos corações voltar para casa o mais rápido possível."

Ponomaryov disse que dialogará só com a Osce pela liberação dos reféns, já que, para ele, as autoridades ucranianas "não entendem nada que não seja o idioma da força". A organização enviou ontem uma delegação ao país.

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, afirmou que "a exibição pública dos inspetores europeus como prisioneiros foi revoltante". "A Rússia tem o dever de influenciar os separatistas para que os inspetores sejam libertados", disse.

SANÇÕES

Na noite de sábado, os insurgentes também capturaram três guardas de segurança ucranianos, que foram exibidos à imprensa com sinais de agressão. Segundo os separatistas, os três estariam numa missão para capturar os líderes pró-Rússia.

Para o novo governo ucraniano, Moscou é responsável pela revolta no leste ucraniano e pretende anexá-lo, como fez com a Crimeia. O Kremlin nega. Devido ao avanço russo, Estados Unidos e UE aplicaram sanções econômicas, que devem ser intensificadas nesta semana.

Mais cedo, o presidente americano, Barack Obama, disse que é preciso aprovar as sanções conjuntamente com a UE para mostrar ao presidente russo, Vladimir Putin, que ele está isolado. Para o americano, Moscou "não levantou um dedo" para resolver a crise com a Ucrânia.

Ontem, centenas de manifestantes pró-Rússia ocuparam a sede da TV de Donetsk, na cidade homônima. Eles exigiram que o canal passasse a transmitir a programação da emissora estatal russa Rossiya 24.

O jornal "New York Times" noticiou ontem que um dos alvos de sanções foi o sócio de uma trading de commodities chamada Gunvor Group. Segundo o Departamento do Tesouro, "Putin tem investimentos na Gunvor e pode ter acesso a recursos da firma".

Já se suspeita há anos de que Putin tenha uma fortuna secreta, mas não há provas. Fala-se que ele teria de US$ 40 bilhões a US$ 70 bilhões, o que o tornaria o chefe de Estado mais rico da história.


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